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Arqueólogos encontram provas de que o rei Ezequias realmente ordenou destruição de altares pagãos 

  

 Local onde ficava o portão da cidade 

 

“Uma descoberta importante e incomum” em escavações arqueológicas provou mais uma narrativa das Escrituras e reforçou o conhecimento que se tem de Israel nos tempos bíblicos. O anúncio foi feito pela Autoridade de Antiguidades de Israel esta semana. 

Em II Reis 18 a Bíblia conta que o rei Ezequias mandou destruir imagens pagãs. O versículo quatro detalha que o monarca “removeu os altares idólatras, quebrou as colunas sagradas e derrubou os postes sagrados. Despedaçou a serpente de bronze que Moisés havia feito, pois até àquela época os israelitas lhe queimavam incenso. Ela era chamada Neustã”. 

 

As escavações realizadas no Parque Nacional Laquis, localizado no centro de Israel, revelaram um “portão-santuário” datado no século 8 a. C. De acordo com informações da emissora Christian Broadcasting Networking (CBN), esse é o maior portão do período do Primeiro Templo já descoberto. 

“O tamanho da porta é consistente com o conhecimento histórico e arqueológico que possuímos. Laquis era uma grande cidade, uma das mais importante depois de Jerusalém”, afirmou o diretor da escavação, Sa’ar Ganor. 

O portão tem 2,43 m de largura e 4,87 m de altura, e possui seis câmaras divididas em cada lado. Segundo a Bíblia, a destruição dos itens pagãos foi feita na porta da cidade, local em que idosos, juízes, governadores, reis e funcionários costumavam ficar, sentados em bancos: “Estes bancos foram encontrados em nossa escavação”, disse Ganor. 

O projeto de escavação foi tocado durante os meses de janeiro a março desse ano, pela Autoridade de Antiguidades de Israel, a mando do Ministério da Herança de Jerusalém e da Autoridade de Natureza e Parques. 

Durante as escavações, foi encontrada “uma escada que fazia parte de uma grande sala, onde havia um banco sobre o qual as ofertas eram colocadas”. Esse espaço possuía uma abertura que levava a uma versão paralela do “santo dos santos”. 

Nesse local, foram encontrados “intencionalmente quebrados” dois altares de quatro chifres e dezenas de objetos de cerâmica, incluindo lâmpadas e tigelas. “Essa é uma evidência da reforma religiosa atribuída ao rei Ezequias, onde o culto religioso foi centralizado em Jerusalém e os altares pagãos levantados fora da capital foram destruídos”, recapitulou Ganor. 

No lugar onde existia a versão paralela do “santo dos santos”, o rei ordenou a instalação de um banheiro, como forma de abolir a profanação que era feita naquele local. O que evidenciou essa iniciativa foi a pedra em forma de cadeira com um buraco no meio, uma versão rudimentar do que se conhece hoje como vaso sanitário. De acordo com os pesquisadores, esse banheiro teria função simbólica já que, aparentemente, nunca foi usado. 

Os pesquisadores frisaram que a ideia de que o rei teria mandado construir um banheiro no local de cultos pagãos não é mencionada na Bíblia.  

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