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Debate entre evangélicos sobre suicídio expõe “profundo desconhecimento” da Palavra, diz pastor

 

A repercussão das declarações do reverendo Augustus Nicodemus Lopes sobre o suicídio foi ampla nas redes sociais, levando muitos evangélicos expressarem contrariedade com a visão teológica que considera que, embora seja um pecado, tirar a própria vida não é sinônimo de condenação.

Diante disso, o pastor Franklin Ferreira, diretor geral e professor de Teologia Sistemática e História da Igreja no Seminário Martin Bucer, voltou ao assunto em uma publicação no Facebook e afirmou que a convicção de condenação para um suicida externa “falta de empatia e misericórdia com os que sofrem”.

“É uma nova versão da salvação pelas obras - o crente não seria salvo pelo sacrifício vicário de Cristo e a livre graça de Deus, mas por seu ‘arrependimento'”, salientou.

Franklin Ferreira foi além: “Há um profundo desconhecimento entre os evangélicos, não só sobre a onipotência e onisciência de Deus e a malignidade do pecado, mas sobre aquele que é o tema que realmente divide os católicos dos evangélicos – a doutrina da justiça imputada de Cristo àquele que crê”, acrescentou.

O pastor, firme em sua posição, contundente, frisou que “os ditos evangélicos continuam pensando como católicos, inclusive sobre tema tão doloroso e devastador”, o que demonstra um distanciamento dos princípios que ajudaram a formar a Reforma Protestante.

Assista no vídeo abaixo um trecho da palestra em que Augustus Nicodemus e Franklin Ferreira debatem sobre o suicídio e chegam à conclusão que não se trata de “um pecado sem perdão”: “O único pecado sem perdão, que tem na Bíblia, é a blasfêmia contra o Espírito Santo. E provavelmente esse pecado não é cometido por alguém que é crente. Então pode acontecer com todos esses fatores, como pressões externas, problemas psicológicos, problemas existenciais, que um crente em um momento de fraqueza, ceda”, pondera o reverendo presbiteriano.

Gospel+