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Jovem queima livro muçulmano e é condenado a prisão perpétua por “blasfêmia” 

A forma como cada país e sistema religioso entende os princípios de liberdade, opinião e expressão varia conforme cada região, especialmente quando o Estado assume uma religião oficial, pela qual toda a população é obrigada a se submeter. Esse é o caso da República Islâmica do Paquistão, um país localizado no Sul da Ásia.

Lá, em 2015, o jovem cristão chamado Yaqoob Bashir Masih, na época com apenas 20 anos, foi acusado de cometer “blasfêmia” contra a fé islâmica. Desde então ele está preso e um julgamento recente agravou a sua pena, lhe condenando a prisão perpétua.

A organização Portas Abertas, que monitora os índices de perseguição religiosa contra os cristãos no mundo, acompanha o seu caso e divulgou o relato de uma das testemunhas que presenciaram o momento em que Masih foi acusado de blasfêmia.

Mushtaq Masih contou que por volta das 7h viu o jovem cristão sendo agredido por uma multidão de pessoas. Entre elas estava o irmão mais velho do rapaz, que lhe questionou:  “Onde está a cópia do alcorão que o líder religioso te deu?”.

 Ele disse que o grupo de pessoas jogou querosene em Bashir, dizendo que atearia fogo nele caso não contasse onde estava o alcorão que havia ganho do líder islâmico local. O jovem, segundo a testemunha, pediu uma cópia do livro, considerado sagrado pelos muçulmanos, alegando que sua irmã queria ler.

Todavia, Mashir, que tem dificuldade de aprendizado e é conhecido na região como “Kala”, queimou o alcorão e o enterrou, para ninguém descobrir. Denunciado por um grupo de estudantes de uma escola islâmica local, que disseram ter visto o momento em que Mashir queimou o livro, ele foi levado para a delegacia e posteriormente confessou o ato.

A organização Portas Abertas pede aos cristãos em todo mundo que orem pelo jovem Mashir, uma vez que a condenação a prisão perpétua ultrapassa, e muito, qualquer senso de justiça e viola às liberdades individuais do rapaz, especialmente a religiosa. É possível que a decisão seja revista no futuro, mas devido à legislação do Paquistão, a situação é bastante difícil.

Nota da III IEC/JPA (Pr. Eudes): Não concordamos com a perseguição religiosa seja de que grupo for. Nesse caso específico, o jovem não deveria fazer o que fez, pois agrediu a religião islamita queimando o seu livro sagrado, o Alcorão. Se não queremos que ninguém insulte o Cristianismo, não temos o direito de insultar a religião de outrem. Lembremo-nos de como Paulo foi respeitoso com os gregos, ao fazer referência aos ídolos da religião grega quando pregou no areópago, assunto registrado em At 17.16-31.  

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