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Esvaziadas, igrejas na Inglaterra apelam ao entretenimento com tobogã e golfe para atrair fiéis

Não chega a ser novidade que a Europa vive um momento de distanciamento das raízes cristãs. E alguns sacerdotes na Inglaterra estão apelando ao entretenimento como forma de atrair as pessoas aos templos, na esperança que a visita abra espaço para que ouçam a Palavra.

Enquanto no Brasil a Igreja Renascer em Cristo deu um passo adiante e criou templos exclusivos para crianças e adolescentes, com buffets e pistas de skate, na Inglaterra duas igrejas centenárias decidiram instalar atrações inusitadas em seus templos.

A Catedral de Rochester decidiu instalar um campo de mini-golfe gratuito dentro da igreja, e a Catedral de Norwich optou por montar um parque de diversões em seu espaço, de acordo com informações do jornal Extra.

As atrações vão ficar nas Igrejas apenas durante o verão no Hemisfério Norte, entre os meses de junho e setembro. A cônega da Catedral de Rochester, Rachel Phillips, explicou que essa foi uma maneira de aproveitar os espaços do templo que ficam vazios nessa época do ano: “Todos os anos em agosto limpamos todas as cadeiras desta parte da catedral. E, às vezes, isso significa que temos apenas um grande espaço vazio, o que é lindo. Mas pensamos que esse ano seria legal ter uma atividade onde as pessoas poderiam aprender e se divertir enquanto estão aqui”, comentou.

Entretenimento

Em 2013, o pastor John Piper deixou de atuar como líder da Igreja Batista Belém, onde esteve por 32 anos, e em sua pregação de despedida reforçou a necessidade da igreja sair às ruas e levar “o que o mundo precisa”, e revelou sentir-se envergonhado com a proposta de diversão nas igrejas.

Segundo Piper, “se você atrair as pessoas com riquezas, facilidades, saúde, brincadeiras, adoração superficial, posando de alegria em Cristo, você vai atrair as pessoas e se tornar uma enorme igreja. Mas Cristo não será visto em Sua glória e a vida cristã não será vista como o caminho do Calvário que é”.

“Dirijo-me com consternação a respeito de serviços religiosos que são tratados como programas de rádio comuns, que mostram as coisas como entretenimento, alto astral, etc. como forma de fazer as pessoas se sentirem alegres, saltitantes. Eu digo: você não sabe que há pessoas morrendo de câncer? Você não sabe que alguns estão vivendo mal financeiramente? E você está se empenhando em criar uma atmosfera de diversão? Eu só não entendi. Isso não é o que somos”, queixou-se na ocasião.

Piper ainda ressaltou que o Evangelho pode fazer diferença por sua essência, pois as pessoas não querem mais do mesmo: “O que eles precisam é de ver e sentir a alegria indomável em Jesus no meio do sofrimento e da tristeza… Este povo não está jogando aqui. Eles não estão usando a religião como uma plataforma para o mesmo velho método de autoajuda que o mundo os oferece todos os dias. Eles precisam de grandeza e da grandeza de Deus sobre eles”, reiterou.

Gospel+