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CRIANDO RAÍZES 

 Temos observado no meio do povo de Deus um fenômeno interessante, que é a facilidade com que, irmãos, pessoas que professam a fé em Cristo mudam de Igreja, inclusive já existe um bocado deles que não é filiado a nenhuma igreja evangélica, querem ser crentes carreira solo, sem pastoreio e sem responsabilidade no reino de Deus. São os desigrejados. Parece-nos que para esses irmãos falta uma visão real do programa de Deus para o seu povo, que é que uma vez convertido a Cristo se reúnam e formem comunidades evangélicas sólidas, criem raízes, para cumprir a missão que o Senhor destinou para a sua Igreja que é cultuar a Deus, promover o crescimento espiritual uns dos outros, pregar o Evangelho e cuidar dos necessitados, especialmente dos domésticos da fé.

    Até entendo como pastor que, devido a insegurança em que vivemos no mundo atual, as pessoas estão procurando Igrejas que fiquem mais próximas fisicamente deles, isto para quem não tem transporte próprio. Mas, o que deve ser levado em consideração, nessa possível mudança por um motivo justificável diante de Deus, é se a igreja a qual o crente pretende se filiar é de fato uma igreja fiel ao Senhor, sadia na fé, que tem o seu perfil aproximado das igrejas neotestamentárias.

    Temos observado ainda que existe obreiros que parece não ter escrúpulo algum, e recebem como membros em sua comunidade pessoas que tem um histórico de pular de igreja em igreja, isto sem saber da história da mudança pretendida.

   Soube de um Pastor que teve de rearrumar a dinâmica da igreja que pastoreia, para que mesma não tivesse um perfil predador, oferecendo programação especial com atrativos para esses irmãos que têm esse perfil de mudar de igreja com facilidade. 

   Dou graças ao meu bondoso Deus que, nos meus mais de cinquenta anos de Evangelho, só tive duas igrejas na minha vida. Uma presbiteriana e outra congregacional. Aliás tive também uma terceira que é a atual (III Igreja Evangélica Congregacional de João Pessoa), cuja mudança foi motivada por questões ministeriais. Apesar das lutas que existe numa comunidade local, sempre procurei criar raízes por entender que Deus não queria que ficasse pulando de galho em galho, como se diz no interior nordestino.

    Para o leitor, fica o texto a seguir para reflexão: “não deixando a nossa congregação, como é costume de alguns; antes, admoestando-nos uns aos outros; e tanto mais quanto vedes que se vai aproximando aquele Dia”  Hb 10.25.  

 

Rev. Eudes Lopes Cavalcanti

Pastor Titular da III IEC/JPA