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Pensando no Céu e no Inferno (II)

No texto acima falamos dos dois lugares na eternidade para onde todos os seres humanos irão depois da morte. Dissemos que um desses lugares é um lugar de plena felicidade, gozo e alegria indizível. Dissemos ainda que nesse lugar encontra-se o trono de Deus de onde Ele governa o universo e especialmente a sua Igreja. Dissemos também que esse lugar é chamado de Céu, de Paraíso, de Terceiro Céu, de Seio de Abraão. “Conheço um homem em Cristo que... foi arrebatado ao terceiro céu. - E sei que o tal homem... foi arrebatado ao paraíso; e ouviu palavras inefáveis, que ao homem não é lícito falar”. 2 Co 12.2-4.

Falamos também de outro lugar, o inferno, como um lugar de sofrimento, de tristeza, de punição, afastado da presença de Deus, sendo esse lugar preparado pelo Senhor para o castigo final do diabo e seus anjos. Dissemos também que para esse lugar irão todos aqueles que não foram salvos pelo poder redentor do Evangelho de Cristo. “Lançai, pois, o servo inútil nas trevas exteriores; ali haverá pranto e ranger de dentes” Mt 25.30. “E o diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta e o falso profeta; e de dia e de noite serão atormentados para todo o sempre” Ap 20.10. “E aquele que não foi achado escrito no livro da vida foi lançado no lago de fogo” Ap 20.15.

Visando esclarecer melhor a questão temporal quanto à ida para esses dois lugares em definitivo é conveniente mostrar aos irmãos o que a santa Palavra de Deus nos revela.

Diz-nos a Palavra de Deus que por ocasião da morte a parte espiritual (alma ou espírito) se separa da parte material (o corpo), sendo esta ultima sepultada para desfazer-se no pó da terra conforme decreto do Altíssimo. “Tu és pó e em pó te tornarás” e a outra se projeta na eternidade. As almas redimidas, sem os seus corpos, serão levadas pelos anjos de Deus e entrarão de imediato num lugar de descanso, de felicidade, de alegria, mas desincorporadas (Veja Hb 12.23; Ap 6.9-11; Lc 16.22). As almas dos ímpios (aquelas pessoas que não foram redimidas pelo Evangelho de Cristo), por ocasião da morte, entrarão de imediato num lugar de sofrimento, de tristeza e de angústia, mas desincorporadas (Veja Lc 16.19-31).

Em ambos os casos essas pessoas estão conscientes, desincorporadas, gozando ou sofrendo, dependendo da situação definida neste mundo enquanto tinham vida (se crentes em Cristo ou se descrentes), sendo essa situação chamada pela Teologia, de Estado Intermediário, que é o estado em que a pessoa se encontra entre a sua morte e a ressurreição corporal que irá acontecer no futuro, na consumação de todas as coisas. Esse Estado Intermediário que é provisório é conhecido também como uma antecâmara ou do Céu ou do Inferno, que são os lugares definitivos na eternidade. Dissemos no boletim passado que depois da morte não haverá mais mudança de situação do indivíduo, ou ele vai para o Céu ou para o Inferno, o que ocorrerá de forma definitiva depois da ressurreição dos mortos e os respectivos julgamentos: Os ímpios julgados irão para a condenação eterna, o inferno definitivo, o lago de fogo e os salvos, galardoados pelo serviço prestado ao Senhor enquanto com vida, irão definitivamente para o Céu de luz (Veja Ap 20.11-15; 1 Co 3.11-15; Mt 25.31-46).