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Devotos de Cristo

Pregamos no domingo passado uma mensagem intitulada “O que Jesus é para a Igreja”. Na introdução falamos sobre o Senhor Jesus dizendo que ele é o ponto central da revelação especial de Deus e que tudo gira em torno dele. Dissemos da Igreja que ela é uma instituição divina, o povo especial de Deus, eleito na eternidade para a salvação, etc. Em seguida dissemos que Jesus é para a Igreja: 1) o seu Deus; 2) o seu Redentor; 3) o seu Senhor; 4) o seu Provedor; 5) o seu Modelo. Procuramos na exposição das Sagradas Escrituras exaltar a pessoa do Senhor Jesus, o seu caráter, os seus atributos e a obra realizada por Ele para redimir o homem da perdição eterna.
Nesta reflexão queremos enfatizar a necessidade de todos aqueles que professam o nome de Jesus, que declaram ser crentes, a procurarem intensificar a sua devoção a Cristo, a serem verdadeiros devotos de Cristo. Mas o que é uma pessoa devota, perguntaria alguém? Um devoto é uma pessoa dedicada, devotada, consagrada a uma causa ou a alguém. Podemos observar mais essa questão no exemplo dos devotos católicos, aquelas pessoas que vivem intensamente a devoção a um “santo” qualquer. Vão à missa diariamente, fazem oferendas, confessam abertamente a fé no objeto da sua devoção.
O crente não é devoto de nenhum desses que são chamados de santos pela Igreja Romana, seja lá quem for, inclusive os personagens bíblicos do Novo Testamento tais como Pedro, Paulo, João, Estevão, etc. A devoção do crente é exclusivamente a Cristo, o seu Deus, Redentor, Senhor, Provedor e Modelo. À Cristo o verdadeiro crente adora, serve, submete-se ao seu senhorio, se envolve em sua obra e segue o seu exemplo.
Mas será que a Igreja, nós que professamos o nome de Jesus, está de fato sendo devota de Cristo? No livro de Apocalipse, na carta endereçada a Igreja de Éfeso (Ap 2.1-7) o Senhor Jesus queixou-se daquela Igreja pelo fato dela ter perdido a sua devoção a Ele. “Tenho, porém, contra ti que deixastes o teu primeiro amor”. Aquela Igreja tinha muita coisa boa dentro dela. Era uma igreja virtuosa, fiel a doutrina apostólica, evangelizava, se esforçava na execução da obra do Senhor e era zelosa na área da santidade, mas tinha perdido o seu ardor por Cristo, o seu primeiro amor e isso o Senhor não podia tolerar.
Amados irmãos nós o povo de Deus, a Igreja, somos um povo especial no programa eterno de Deus. Fomos comprados por bom preço para sermos de Jesus Cristo. Somos uma propriedade exclusiva de Deus. Não pertencemos mais a este mundo dele fomos espiritualmente removidos e habitamos com Cristo e em Cristo nas regiões celestes. “E nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus” Ef 2.6.
Assim sendo queridos irmãos procuremos viver como devotos de Cristo, como pessoas que vivem intensamente aquilo que dizemos ser. Consagremos, portanto, o nosso tempo, a nossa vida e os nossos bens aquele que é a razão maior de nossa existência neste mundo e na eternidade, Jesus Cristo. 
Pr. Eudes Lopes Cavalcanti