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É tempo de Consagração

     O nosso Retiro Espiritual deste ano, que está sendo realizado nas dependências de nossa Igreja, tem como tema o título desta reflexão, baseado no texto de 2 Co 5.15, que diz: “E ele morreu por todos, para que os que vivem não vivam mais para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”.

     Olhando um dicionário de língua portuguesa descobrimos que a palavrar consagração significa, dentre outras coisas, ato ou efeito de consagrar, e que consagrar (v.t.) significa, dentre outras coisas, Tornar sagrado; Dedicar a Deus; Destinar exclusivamente a; dar-se.

    Vendo o assunto à luz das Sagradas Escrituras, entendemos que a pessoa antes de ter uma experiência real com Cristo está morto em seus delitos e pecado, escravizado pelos desejos de sua natureza corrompida, fazendo a vontade do diabo, inimigo de Deus, vivendo só para si, etc. “E vos vivificou, estando vós mortos em ofensas e pecados, em que, noutro tempo, andastes, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe das potestades do ar, do espírito que, agora, opera nos filhos da desobediência; entre os quais todos nós também, antes, andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos por natureza filhos da ira, como os outros também” Ef 2.1-3.

 

    Quando o Evangelho de fato alcança uma vida, acontece nela uma obra de transformação, de libertação e também de mudança de senhorio.

    Olhando para o texto que serve de lema para o nosso Retiro, extraímos que o Senhor Jesus com a sua morte e ressurreição nos comprou pagando a dívida contraída pelos nossos pecados e nos libertou do império das trevas e nos transportou para o Reino do Filho do seu amor. Paulo em outra ocasião fala sobre o assunto, dizendo: “Porque fostes comprados por bom preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus” 1 Co 6.20. “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor” Cl 1.13.

     Agora, comprados e libertados da escravidão do pecado, fomos feitos servos de Deus (Rm 6.18,22), para viver o tempo de vida que nos resta em função do Reino de Deus. Observem a ênfase dada pelo texto de 2 Co 5.15 sobre o assunto: Jesus morreu pela sua igreja para que ela não viva mais para si e sim para ele, em função DELE e do Seu Reino.

    Consagrar a vida a Deus, viver para Ele e para a Sua igreja, não é uma opção do crente e sim uma obrigação, pois ele é uma propriedade de Cristo, liberto por Ele para essa finalidade.

    Lamentamos, profundamente, que muitos que professam a fé em Cristo não são pessoas dedicadas exclusivamente a Ele, à Sua causa.  Não priorizam o Reino de Deus como mandou o Senhor Jesus (Mt 6.33), não se envolvem com o ministério da Igreja local a que pertence, não contribuem, não oram e não evangelizam.

    O apóstolo Paulo compara o cristão a um soldado, e nessa comparação, diz: “Nenhum soldado em serviço se envolve em negócios desta vida, porque o seu objetivo é satisfazer àquele que o arregimentou” 2 Tm 2.4.  

     Amados, é tempo de consagração de vida, é tempo envolvimento com o Reino de Deus, através da Igreja local.

 

Pr. Eudes L. Cavalcanti