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Cristianismo em Ação (O Dom Maior)

    Quando adolescente, tive o desprazer de ouvir uma conversa entre músicos na 1ª IEC de Guarabira sobre quem cantava ou tocava melhor. De lá pra cá, tenho ouvido com muita frequência, o mesmo tipo de disputa entre crentes com relação a pregadores ou líderes de departamentos. Percebe-se que muita gente se gloria do talento natural ou dom espiritual que possui em detrimento dos dons alheios. Há quem se glorie de possuir dons ou super dons como oração forte, cura milagrosa, profecia, visões, línguas, oratória, técnica vocal e assim por diante. Há ainda, quem goste de criticar ou menosprezar os outros membros na igreja que é o Corpo de Cristo, por não possuírem tais dons ou pelo menos não os possuir no mesmo nível. Recentemente, soube que em um determinado concílio, alguns pastores e seminaristas classificaram dois preletores oficiais do evento como “teólogos fracos”, apesar dos mesmos serem conferencistas de renome nacional. Pergunto-me diante de tais fatos, qual a base bíblica para tais procedimentos?

     Pelo que sei, a Bíblia recomenda “cada um considerar os outros superiores a si mesmo – Fp 2.3. Os dons são para a edificação e não para exibicionismo (Ef 4.12). A questão não é quantos dons alguém possui, e sim, o que faz com eles (Mt 25.14-30). Não sei qual é o seu dom ou os seus dons. Não me importo se eles são superiores ou inferiores aos meus. Só uma coisa me importa: o dom maior que é o dom do amor. O apóstolo Paulo diz pelo Espírito Santo: “E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria”  1 Co 13.2. Quem tem amor tem tudo; quem tem “tudo” e não tem amor não tem nada. O amor é o maior de todos os dons. Quando todos os dons sumirem, o amor permanecerá (1Co 13.13). O amor não é invejoso, não trata com leviandade, não se ensoberbece (1 Co 13.4). Profecia não é tudo, línguas não é tudo, conhecimento teológico não é tudo (1 Co13.8). Mas, o amor é tudo. Por que Deus é amor e quem ama conhece a Deus (1 Jo 4.8). A questão não é o quanto alguém prega, sabe, canta, toca ou faz. Mas, sim, o quanto ama (1 Jo 3.10).

Bel. Teol. Samuel Santos

Dirigente Cong. José Américo