Eleição de um presidente evangélico passa pela manutenção do Estado laico e compreensão da diversidade religiosa no Brasil, diz pesquisador
A possibilidade de, no futuro, a população declaradamente evangélica no Brasil eleger um presidente de confissão protestante foi analisada pelo jornalista e pesquisador Johnny Bernardo, num abrangente artigo sobre o cenário social e político brasileiro.
Como contextualização, Bernardo afirma que a eleição de um presidente evangélico não pode desobedecer conceitos primários de direitos e democracia já estabelecidos na legislação atual, sob pena de desestabilização das instituições.
“A defesa de pontos de vista, de ideologias, de culturas são elementos garantidos pelo Estado Democrático e pela Declaração Universal de Direitos Humanos (1948), mas não devem ultrapassar os limites legais, como o uso da máquina pública como base avançada de difusão ideológica ou religiosa. Tal significa dizer que homossexuais e evangélicos têm de se manter distantes do Estado, o que não significa, no entanto, que um evangélico ou homossexual ou mesmo um ateu não possa exercer um cargo público, no Executivo”, explica.
Extremistas hindus espancam e ameaçam colocar fogo em pastores evangélicos
Dois pastores cristãos foram espancados por um grupo de cerca de 200 extremistas hindus na aldeia de Korlahalli, perto de Mundargi, na Índia. Os extremistas golpearam e chutaram os pastores Mallik Arjun e Naik, ameaçando incendiá-los tentando os obrigar a adorar divindades hindus.
Depois de espancar o pastor Naik enquanto se ele dirigia para sua casa depois de dirigir um culto cristão em Sugar, o grupo o levou junto com o pastor Mallik Arjun a um templo hindu. Em um momento o pastor ajoelhou- se em um canto do templo e começou a orar.
- Um extremista me puxou a espada, me arrastou e me disse, ‘Você estar orando a Jesus mesmo em um templo hindu’, e em seguida tentou forçar-me a adorar os ídolos hindus. Eu perguntei por que me obrigava a adorar os ídolos e ele disse que ninguém pode me forçar, mas eu tenho o direito e escolher o Deus que quero adorar – relatou o pastor, segundo publicou o Religion Today.
Editora Vida Nova
Você alguma vez já parou para pensar que a dor também faz parte do chamado cristão?
Sim, na verdade tanto a dor quanto a alegria são aspectos inerentes ao chamado de Deus. Mas quem quer ouvir falar de dor e sofrimento, vivendo nessa sociedade tão voltada para uma busca desenfreada de satisfação e realização pessoal? Mesmo entre os cristãos, essa visão do sofrimento e da dor como algo negativo, que se deve evitar, é bastante difundida.
No entanto, ao se referir e seu trabalho no ministério cristão, Paulo disse om convicção: Agora me alegro nos meus sofrimentos por vós e completo no meu corpo o que resta do meu sofrimento em Cristo, por amor do seu corpo, que é a igreja. O que será que ele quis dizer com isso? Como alguém pode se alegrar em seus sofrimentos?
Nesta obra o autor se dedica justamente a demonstrar como conciliar essas duas faces do chamado, pois nos mostra os seguintes aspectos:
A íntima ligação existente entre esses dois aspectos aparentemente antagônicos do chamado cristão;
De que forma o sofrimento nos aproxima de Deus;
De que modo o sofrimento nos torna mais eficazes para servir.
A abordagem de Ajith Fernando combina três fatores importantes:
exposição do que a Bíblia ensina sobre esse assunto, um olhar pastoral compassivo e experiente e sensibilidade intercultural, algo tão raro nesse mundo globalizado em que vivemos.
Ele abre os olhos do leitor para verdade incontestável mas que nós, cristãos do mundo ocidental, muitas vezes preferimos ignorar: a dor e o sofrimento fazem parte do chamado cristão. Devemos, portanto, aprender a abraçar essa dor junto com nosso chamado e desenvolver um olhar capaz de enxergar a alegria que há em sofrer pelo nome de Jesus.
O missionário Ajith Fernando é diretor nacional da missão Jovens para Cristo no Sri Lanka desde 1976. Ele e a esposa estão ativamente envolvidos no ministério com populações carentes de áreas urbanas. É autor de vários livros publicados em mais de trinta línguas.
Ministro do STF recusa pedido do PSC para suspensão do casamento gay em cartórios
O pedido de suspensão feito pelo Partido Social Cristão (PSC) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a resolução do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que obriga os cartórios do país a celebrarem o casamento gay foi recusado pelo ministro Luiz Fux.
No entender de Fux, a metodologia usada pelo PSC para questionar a resolução foi inadequado. O partido do pastor Marco Feliciano havia entrado com um mandado de segurança, um processo específico para questionar abusos feitos por autoridade pública.
Fux classificou a resolução do CNJ como uma ação de poder normativo, e para barrar uma medida desse porte, o instrumento legal seria uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI). Por isso, optou pelo arquivamento do pedido feito pelo PSC, segundo o G1.
Perseguição religiosa causa morte de 100 mil cristãos a cada ano, afirma Vaticano
O Vaticano apresentou um relatório à ONU no qual relata que a perseguição e o fanatismo religioso causam a morte de 100 mil cristãos todo ano. O relatório foi apesentado por Silvano Maria Tomasi, embaixador do Vaticano, e detalha que as regiões mais críticas são a África, Oriente Médio e Ásia.
- Os números parecem muito altos, mas são todos comprovados – explicou o monsenhor Tomasi, em entrevista ao Estadão. Ele disse ainda que a situação é “muito grave para muitos cristãos”.
- Temos de falar sobre esse assunto. Não se pode deixar que essa realidade seja esquecida – completou Tomasi.
Desde o início do pontificado do papa Francisco, o Vaticano vem trabalhando com objetivo de construir pontes entre religiões, mas também reforçar a precária situação vivida pelos cristãos em várias regiões.