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Reflexões no Evangelho de Marcos

 A Purificação do Templo  (Mc 11.15-19)

       Os quatro evangelistas relatam um episódio importante relacionado a Israel acontecido no final do ministério do Senhor Jesus que foi a purificação do templo, sendo que os sinóticos relatam isso no final do seu ministério e o de João no inicio do seu evangelho (Jo 2.13-22). No evangelho de Marcos (11.11) o relato nos diz que Jesus ao adentrar pela última vez em Jerusalém observou tudo o que acontecia no templo e depois foi para Betânia. Certamente o que Jesus viu no templo e não gostou deu ensejo ao que ele fez no dia seguinte. “... e Jesus, entrando no templo, começou a expulsar os que vendiam e compravam no templo; e derribou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas. E não consentia que ninguém levasse algum vaso pelo templo” Mc 11.15,16. É importante lembrar que o sistema religioso de Israel na época tinha diversas atividades que exigiam sacrifícios de animais. Evidentemente que para operacionalizar isso, tornava-se muito mais fácil para o adorador, no lugar de trazer um animal ou uma ave de um  lugar longínquo, comprá-lo em Jerusalém e oferecê-lo ao Senhor. Jesus não questionou essa possibilidade. A questão de Jesus é que eles fizeram da religião um lucrativo negócio e isso dentro do próprio templo, no átrio.  Quando veio de Betânia para esse processo de purificação, já veio com um azorrague (chicote) com o qual ameaçou ou até tenha dado umas chibatadas em alguém. Deus estava sendo insultado pela atitude daqueles que faziam da religião um negócio. A casa do Pai, disse Jesus, era um lugar de adoração e não um covil de salteadores. Essa obra significativa nos mostra quão sagrado é o lugar onde Deus é adorado.

       Na nova dispensação, a Igreja é o santuário do Deus vivo. As igrejas locais são santuários do Espirito Santo. Deus habita no meio da Igreja e no interior de cada crente genuíno. Os adoradores devem se vestir de santos ornamentos e terem o cuidado de não ferir a santidade de Deus, pois a Igreja é a coluna e firmeza da verdade.    Pr. Eudes Lopes Cavalcanti