Seis qualificações para a Evangelização

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: 2 Tm 4.5

Introdução

“Contudo, quando prego o evangelho, não posso me orgulhar, pois me é imposta a necessidade de pregar. Ai de mim se não pregar o evangelho!” 1Co9.16

 

  1. 1.       Um ministério de vitoriosa oração

Jesus, o nosso modelo, era um homem dedicado à vida de oração. Freqüentemente, seus discípulos o encontravam a sós com Deus nalgum lugar solitário, derramando sua alma em oração. Toda pessoa usada por Deus foi pessoa de oração.

- Se queremos ver Deus glorificado em nosso ministério, é preciso tornar-se primeiro, e acima de tudo, uma pessoa de oração.

 

  1. 2.       Um ministério saturado da palavra de Deus

- Há ministros do Evangelho que só buscam a palavra de Deus quando vão preparar sermão.

- A pessoa que assim age não avançará na obra de evangelização.

- Nós precisamos, primeiramente, nos voltar à palavra de Deus para o nosso próprio bem espiritual.

- Precisamos conhecer bem a sagrada Escritura. É um livro que precisamos nos saturar dele.

- É bom lembrar que não é a nossa palavra que Deus usa, e sim a palavra Dele. Ele diz que sua palavra é como martelo, fogo e espada.

 

  1. 3.       Um ministério com uma mensagem vital para o mundo perdido

- Paulo nos diz que devemos pregar todo o conselho de Deus. E tudo que está na bíblia é a revelação de Deus aos homens.

- Precisamos anunciar a Jesus Cristo como Salvador de um mundo perdido. Jesus crucificado, poder de Deus para salvação do que crê.

- O ministro não apresenta o talk show para fazer as pessoas rirem, nem apresenta palavras de sabedoria humana para que seus ouvintes se sintam melhor. Seu ministério é anunciar o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, chamando homens ao arrependimento e a fé.

 

  1. 4.       Um ministério com a unção do Espírito Santo

- A dependência total de Deus, do agir do Espírito é necessário para que a obra seja realizada com eficácia.

- Um ministro precisa está cheio do Espírito Santo, para proclamar as verdades de Deus com ousadia e poder que transforma vidas.

 

  1. 5.       Um ministério caracterizado pela expectação da fé

- Um ministro deve ter expectativa de que Deus fará grandes coisas através de seu ministério.

- Nada mais desolador na pregação do que não crer que Deus pode usá-lo como instrumento para cumprir seu propósito.

 

  1. 6.       Um ministério totalmente dedicado à glória de Deus

- A glória de Deus é o propósito da nossa pregação. O pregador não busca sua própria exaltação, nem aspira fama e dinheiro.

- O ego precisa ser anulado, cortado, eliminado. Não devemos buscar honras e elogios, nem se vangloriar das multidões de ouvintes. Devemos nos gloriar únicamente em Deus.

- Se Deus não for magnificado em nossa pregação, será em vão a nossa obra.

 

Conclusão

- “Não a nós, Senhor, nenhuma glória para nós, mas sim ao teu nome, por teu amor e por tua fidelidade!” Sl 115.1

 

 

 

Cinco qualificações para a Evangelização

(Resumo feito pelo Pr Walter B. Moura)

Texto básico: 2 Tm 4.5

Introdução

- Tudo que se faz com maior tempo e maior dedicação terão maior êxito.

- Um maior êxito na evangelização não será diferente.

- É preciso também uma melhor compreensão do evangelho para se transmitir a verdade e não falsas promessas e falsos ensinos

 

  1. 1.      A visão da completa bancarrota da raça humana (Ef. 2.1; Rm 3.10-18,23)

- Precisamos entender que os homens estão mortos em seus delitos e pecados.

- Somente o novo nascimento nos pode fazer filhos de Deus.

 

  1. 2.      A compreensão clara da suficiência da salvação vinda de Deus (Jo 1.29; Ef 2.8-9)

- contrapondo a depravação total da raça humana, temos a salvação adequada e suficiente que vai ao encontro dessa necessidade da criatura perdida. Ela pode chamar os homens da morte para a vida.

- Deus providenciou o necessário para salvar o mais vil pecador. Todo aquele que crê alcançará esta graça (Rm 1.16).

- Não existe outro remédio, o evangelho de Cristo deve ser a nossa única mensagem.

 

  1. 3.      Uma vida dedicada a um grande propósito (2 Tm 2.10)

- Obviamente quem se dedica exclusivamente a um único propósito, um único alvo, terá mais sucesso nisso. Quem tem muitos ideais, planos, finalidades e programas, interessando-se por muitas coisas a um só tempo, não terá grande êxito como evangelista.

- Embora um ministro possa fazer outra coisa, o melhor caminho para o ministério é a exclusividade na obra, pois dividir tarefas dificulta seu ministério.

 

  1. 4.      Uma vida da qual se tenha removido todo o embaraço (Hb 12.1-2)

- Diz o salmo 66.18 “Se eu atender a iniqüidade do meu coração, o Senhor não me ouvirá”.  O evangelista deve jogar fora todo o embaraço. Fardos e hábitos, não necessariamente pecaminosos podem impossibilitar de nós sermos mais usados por Deus em sua obra.

- Assim devemos orar “Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos; vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno” (Sl 139. 23-24).

 

  1. 5.      Uma vida absolutamente colocada à disposição de Deus (Is 6.8)

- Deus deseja que coloquemos nossas vidas, de maneira completa e absoluta, à sua disposição.

- Se Deus vai abençoar o nosso ministério evangelizador e ganhador de almas, então nossas vidas precisam ser colocadas à disposição dEle de maneira absoluta. A vontade Dele precisa ser a nossa vontade.

 

Conclusão

- Esta lição continuará com mais seis qualificações.

- Lembre-se: O homem está totalmente morto espiritualmente; O Evangelho da graça de Deus em Jesus Cristo é o único remédio; devemos dedicar as nossas vidas para a evangelização; retirar de nós todo embaraço que nos afasta de fazer a vontade de Deus e por último, nos dispor nas mãos do Senhor Deus.

 

O chamado para o ministério

(Resumo feito pelo Pr. Walter B Moura)

Texto básico: Atos 9.15

Introdução

- A propagação do Evangelho foi entregue, não a uns poucos, mas a todos os discípulos do Senhor Jesus Cristo. Segundo a medida da graça a ele confiada pelo Espírito Santo. Cada discípulo tem a obrigação de ministrar em seu tempo e geração, à Igreja e entre os incrédulos.

- Contudo, nesta lição, não me refiro a prédicas ocasionais, nem a quaisquer outras formas de ministério comuns a todos os santos, mas ao trabalho e ofício do episcopado, em que se incluem o ensino e o governo da Igreja.

 

  1. 1.       A necessidade do chamado

- Consultando o A. T. vocês verão os mensageiros de Deus, da velha dispensação, reivindicando comissionamentos da parte de Deus, (Is 6.8; Jr 1.4-10; Ez 2.1-3; 31-4).

- Na presente dispensação, o sacerdócio é comum a todos os santos. Mas, profetizar ou ser separado de maneira especial à proclamação do Evangelho, é, na verdade , dom e vocação de apenas um número relativamente pequeno.

- Tampouco ninguém imagine que em nossa época ninguém é separado para a peculiar obra do ensino e direção da igreja, pois os próprios nomes dados no N. T. aos ministros implicam em uma prévia vocação para a sua obra.

1.1 Embaixador (2Co 5.18-20) – Não é fato, porém, que a própria alma do ofício de embaixador repousa na nomeação feita pelo governo representado? Homens que ousam declarar-se embaixadores de Cristo precisam compreender mais profundamente que o Senhor lhes “entregou” a palavra da reconciliação.

1.2 Despenseiro (1 Co 4.1) “Que os homens nos considerem como ministros de Cristo, e despenseiros dos mistérios de Deus.” O nos está se referindo a Paulo e Sóstenes (1Co 1.1). Certamente o despenseiro deve considerar o seu ofício como da parte do Senhor.

1.3 Anjo (Ap 2.1) – O título apocalíptico de anjo significa mensageiro; e como homens hão de ser arautos de Cristo, senão por sua eleição e ordenação?

- Tito recebeu a incumbência de dar prova cabal do seu ministério; havia certamente algo que provar.

- Quando o nosso Senhor subiu às alturas deu dons aos homens, e é digno de nota que estes dons foram homens separados para obras diversas. Ele mesmo deu “uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e mestres” (Ef 4.11).

 

  1. 2.       Como pode o jovem saber se é vocacionado ou não?

2.1   Desejo de fazer a obra – O primeiro sinal da vocação celeste é um desejo intenso de realizar a obra.

2.2   Aptidão para ensinar – Em segundo lugar, em combinação com o desejo de ser pastor, é preciso que haja aptidão para ensinar e outras qualidades necessárias ao ofício de instrutor público.

2.3   Ser instrumento de conversões – Almas se chegam a Cristo, almas são edificadas, almas são exortadas, almas são consoladas pelo ministério da pregação do Evangelho através de sua vida.

2.4    O piedoso julgamento da Igreja – Ninguém pode ser pastor sem o reconhecimento da Igreja do Senhor Jesus.

 

Conclusão

- Não são as frustrações em outras áreas de atuação que é a direção de Deus para o ministério.

- É preciso corresponder com as qualificações exigidas por Deus em sua palavra.

- Pastores devem ter a capacidade de alimentar o rebanho do Senhor com a verdade do céu. Pastores não são animadores de auditório, nem piadistas, nem aduladores do povo em detrimento à palavra de Deus.

 

Avivamento

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: Sofonias 3.17

Introdução

- Sofonias foi profeta durante o reinado de Josias (641-610 a.C), um dos grandes reis de Judá, reinado este marcado por uma grande reforma, um grande avivamento, que teve seu início com a redescoberta da Palavra do Senhor, escondida durante muitos anos no Templo. (2Cr 34.2-7)

- Os dois reis anteriores a Josias (Manassés e Amon), haviam conduzido Judá para a idolatria, sincretismo religioso e apostasia da fé, conforme lemos em 2 Reis 21 e 22.

  1. 1.       Contexto Histórico

- Prevalecia no tempo do ministério de Sofonias, ainda como consequencias do péssimo reinado de Manassés e de Amon:

- A nação estava repleta de injustiças sociais – Os pobres e as viúvas eram oprimidos. (Sf 3.1). Não defendeu a causa dos órfãos... nem julgou o direito dos necessitados (Jr 5.28). - O país estava sendo regado pela violência (Sf 3.1; Jr 2.22-23). - Os governantes, príncipes e sacerdotes eram corruptos (Sf 1.4, 8; 3.4).

- O povo estava desprezando e rejeitando a palavra de Deus (Sf 3.2). - A idolatria se instalara na prática religiosa (Sf 1.4, 5). - Havia ambiguidade religiosa – sincretismo - (Sf. 1.5). - Afastamento da fé (Sf 1.6).

Havia seguidores apenas nominais, que estavam agora desistindo de Deus, eram indiferentes na vida espiritual.

  1. 2.       Conexão histórica

- O momento histórico de Sofonias é muito parecido com o nosso. Nosso país está repleto de injustiças, os pobres são oprimidos, vivemos uma intensa violência e uma corrupção desmedida no governo.

- O povo brasileiro rejeita e despreza a palavra de Deus. Vive um sincretismo religioso. Há pessoas que se dizem cristãs, mas que frequentam terreiros de umbanda, lêem horóscopos e crêem em práticas espiritualistas. Adoram ao Senhor, mas também adoram o exército do céu (astrologia).

- Nas igrejas há uma indiferença espiritual. Falta santidade e retidão. O nominalismo tomou conta da igreja, nos denominamos crentes, vamos a igreja no domingo, mas vivemos durante toda a semana uma apatia espiritual, se deliciando nos prazeres carnais e pecaminosos.

- O livro de Sofonias nos mostra o juízo de Deus às portas, daí expressões como: “consumirei” (1.2); “exterminarei” (1.3), “estenderei a mão” (1.4).

- Sofonias é um avivalista, um restaurador; e para ele, o único meio de evitar o juízo de Deus é a conversão.

- É preciso mudar o estilo de vida; é preciso mudar o procedimento diante de Deus.

a) Não se permita ser influenciado pelo meio em que você vive.

- Por vergonha ou timidez, alguns cristãos se permitem ser levados pelos valores e costumes dos incrédulos.

- O mundo é um esquema contrário ao projeto de Deus, e este mundo não pode imprimir suas marcas em nós, moldando-nos à sua maneira (Rm 12.2).

- Sofonias viveu em um ambiente de imoralidade, de corrupção, de idolatria e indiferença religiosa. Mas se recusou contaminar-se com o ambiente em que estava. Agiu como Deus deseja e não como o mundo desejava.

- A Igreja, cada crente, precisa afirmar sua personalidade cristã dentro da sociedade e não ter medo de ser diferente.

- Devemos exercer nossa influência cristã, testemunhar nossa fé e mostrar que o projeto de Deus pode consertar a sociedade e a vida dos homens.

b) Deus não aceita corações divididos.

- Uma pessoa íntegra não é dividida, nem fingida. Pessoas de integridade nada têm a esconder e nada temem. Suas vidas são livros abertos.

- Precisamos aprender uma lição com Sofonias: Deus não aceita corações divididos (Sf 1.5). O profeta Elias também combateu esta dualidade (1 Rs 18.21). Jesus nos exortou a este respeito (Mt 6.24).

“Algumas pessoas pensam que podem servir a dois senhores, e que podem conciliar isto muito bem. Servem a Deus aos domingos e a Mamom durante a semana, ou a Deus com os lábios e a Mamom com o coração, ou a Deus na aparência e a Mamom na realidade, ou a Deus com a metade de suas vidas e a Mamom com a outra” (John Stott).

c) A graça de Deus é oferecida a todos, mas recebida apenas por poucos

- Nem todo aquele que se diz crente o é realmente. Incrédulos fazem falsas profissões de fé em Cristo.

- Aqueles que foram alcançados pela graça de Deus passaram por arrependimento de seus pecados.

- O genuíno arrependimento envolve o intelecto, as emoções e a vontade. Intelectualmente reconhece-se o pecado; emocionalmente, sente-se profunda tristeza por ter afrontado a Deus, e volitivamente, o arrependimento inclui mudança de direção, transformação da vontade. Foi por isso que João disse: “produzi, pois, frutos dignos de arrependimento” (Mt 3.8)

- Sofonias chamou o povo ao arrependimento (2.1-3). Como disse Wiersbe “semões que adulam os pecadores jamais os salvam”.

Conclusão

O livro de Sofonias inicia com juízo e termina com uma promessa de restauração. Isso porque o juízo de Deus nunca é anunciado sem uma precedente chamada ao arrependimento. O juízo nunca é mostrado sem uma esperança para o pecador, se este se arrepender. Aqueles que reconhecem sua pobreza espiritual e se voltam para Deus, são abençoados por Ele (Sf 3.12-13,17).

 

 

O triunfo da fé em tempos de crise 

(resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: Hc 2.1-5

Introdução

- Na época de Habacuque, reinava Jeoaquim. Seu reinado teve a marca da violência e falta de justiça (1.1-4). O profeta viu Israel cair numa condição de apostasia. A nação estava se afastando de Deus. A questão que Habacuque levanta e, que a maioria dos cristãos enfrenta é: Onde está Deus que vê tudo isso e não faz nada para sanar o problema?

 

  1. 1.       O silêncio de Deus em momentos de crise

- A primeira coisa que descobrimos quando estudamos as ações de Deus em Habacuque, é que pode parecer que Ele esteja estranhamente silencioso e inativo em momentos de crise.

- Por que Deus permite que certas coisas aconteçam? Por que permite que a enfermidade entre no lar e comece a dizimar famílias cristãs e fiéis a Deus? Por que Ele permite que a idolatria e o espiritismo cresçam espantosamente? Por que Ele não intervém e fere de morte todos aqueles que proferem mentira e negam a fé?

- Sempre foi difícil entender o silêncio de Deus nos assuntos humanos. Mas longe está Deus de ser um mero espectador nos assuntos dos homens. Tudo está sob o seu olhar e todas as coisas estão debaixo de suas poderosas mãos. Ele não se apavora, nem se precipita. A palavra nos orienta que Deus fará justiça aos seus escolhidos (Lc 18.7).

- o cristão vive pela fé, mesmo quando não está vendo suas orações sendo respondidas.

 

  1. 2.       Respostas inesperadas às nossas orações

- Deus, às vezes, dá respostas inesperadas às nossas orações (1.5-11). Habacuque ficou perplexo com a resposta de Deus. Na mente de Habacuque estava claro que Deus tinha que castigar a nação e depois enviar um grande avivamento. Mas quando Deus disse que suscitaria o exército caldeu para marchar contra suas cidades e destruí-las; o profeta levou um susto ao saber que uma nação pagã seria usada por Deus para julgar seu povo. Deus respondeu a oração de Habacuque, mas não do jeito que ele queria ou esperava.

- Todos nós temos a tendência de prescrever as respostas às nossas orações, como se Deus não soubesse como agir. Precisamos entender que Deus é livre. Ele faz como quer, como e quando quiser.

- A fé que triunfa é aquela que descansa na liberdade divina. Pela fé e pela Escritura, o cristão sabe que Deus nunca erra. Suas respostas podem parecer sem sentido ou estranhas para nós, mas é assim que Ele age às vezes. Um exemplo clássico: os irmãos de José o venderam como escravo (Gn 37), ele foi parar no Egito, mas o próprio José com o passar do tempo declara a seus irmãos que não foram eles, mas Deus que o enviara para lá (Gn 45.7-8). Nossa fé não é um sentimento positivo e piegas. É a firme crença num Deus que tudo encaminha para o ponto que Ele deseja.

 

  1. 3.       Deus usa os ímpios como instrumento

- Deus usa, às vezes, instrumentos estranhos para corrigir seu povo.

- Os caldeus foram os que Deus levantou para disciplinar o seu povo. Habacuque não poderia imaginar tal coisa. Mas aqui está um fato evidente em toda a bíblia. Deus usa o instrumento que quiser. No curso da história Ele tem usado toda sorte de instrumentos estranhos e inesperados para a realização de seus propósitos. Usou Pilatos, usou Herodes, usou Saul, usou uma mula. O mal não é de sua autoria, mas Ele às vezes o usa para educar e corrigir a sua Igreja.

- Quantas vezes não somos acometidos por uma enfermidade, desemprego, crise conjugal, injustiças ou outras tragédias na vida?

- Deus é livre para usar qualquer instrumento para disciplinar o seu povo. (Sl 119.71)

 

  1. 4.       O Triunfo da fé

-“Mas o justo viverá pela sua fé” (2.4). Esta fé no Senhor triunfante, ressuscitado e glorioso, transmite à vida diária uma vitalidade vibrante. O cristão não se abate com o presente, embora o veja muitas vezes como sendo sombrio. Habacuque conclui “Ainda que a figueira...(3.17-18). Este texto é uma declaração de fé em um momento de crise inigualável. Faltariam figos, uvas, azeitonas, os campos não produziriam os alimentos. O rebanho seria exterminado. Os currais sem gado. E qual a atitude do profeta? Desespero? Inconformismo? Não. Fé.

- Habacuque nos ensina que a resposta à adversidade é a fé. Sua segurança não brota de emoções, mas de uma fé viva. E quem crê não recua, mas permanece de pé. (Sl 125.1)

- Que lição para todos cristãos aborrecidos, murmuradores, amuados com Deus e com o mundo.

 

Conclusão

- Façamos como Habacuque, mantendo a fé em Deus mesmo que Ele se mostre indiferente às nossas orações;

- Mantenhamos a fé mesmqu que Ele esteja usando instrumenos dolorosos para nos disciplinar e educar. Mesmo que tudo diante de nós seja uma desgraça como aconteceu com o profeta; e mesmo “Se temos de perder Família, bens, poder, E, embora a vida vá, Por nós Jesus está, E dar-nos-á seu reino.” (Lutero)

-Alegremo-nos no Senhor, pois Ele é a única riqueza que vai perdurar sempre.

- Que o Senhor, autor e consumador da fé, nos abençoe nessa direção, amém.

 

Jonas, o profeta fujão

Lição 8

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

 

Texto básico: Jonas 3.2

Introdução

- Jonas viveu em um período em que a Assíria dominava o Oriente Médio. Era uma nação cruel, detestada por suas ações desumanas.

- Jonas não entendia como Deus poderia exercer de misericórdia sobre os assírios.

- A cidade de Nínive era a capital da Assíria, e por detestar os assírios Jonas se recusa a pregar naquela cidade.

 

Fuga inútil (capítulo 1)

“Veio a palavra do Senhor a Jonas... Levanta-te, vai à grande cidade de Nínive, e clama contra ela.” Jonas não tem a mínima vontade de ir àquela cidade, porque ele a odiava, e também conhecia muito bem a Deus e sabia que Ele é misericordioso e grande em benignidade (4.2), e com certeza iria dar uma oportunidade a Nínive de se converter. E como o profeta não queria a conversão dessa cidade, levantou-se para fugir da presença do Senhor para Társis (v.3).

- A desobediencia de Jonas o põe em uma enrascada. Situação difícil em que pode se envonver todos os desobedientes. Deus, valendo-se da natureza, levanta uma tempestade para corrigir o profeta fujão (v.4).

No mar, a desobediencia de Jonas atraiu um problema para todo o grupo que estava no barco. (v.5-7)

Precisamos aprender esta lição: As pessoas desobedientes a Deus não criam problemas apenas para si. Infelizmente acabam envovendo os outros em seus problemas. No caso específico, homem de Deus em fuga de Deus leva problemas onde quer que vá.

- Jonas assume que é a causa do problema e dá a solução (v.11-12). Mas Deus não desiste do profeta (v.17).

 

A oração no ventre do peixe (capítulo 2)

- No momento de angústia Jonas começa a recuperar a saúde espiritual (v.1-3, 7).

- Quando estava para morrer, Jonas voltava os seus olhos para o Senhor. A oração é a única e suficiente resposta de que a espiritualidade continua viva. E nesse aspecto nós nos parecemos muito com Jonas. Pois quase sempre deixamos para orar em momentos de extrema dificuldade.

- A oração de Jonas foi ouvida. Ele pode ser um crente fraco e obstinado, mas a sua confiança está em Deus e não em ídolos (v.8). É bom saber que Deus nos ouve apesar de nossas fraquezas.

- o capítulo 2 termina com mais uma ação soberena de Deus (v.10).   

 

Pregação sem compaixão (capítulo 3)

- Pela segunda vez, Deus comissiona o profeta à sua missão de pregar aos ninivitas. (v.1-2).

- Parece-nos que Jonas só pregou aos ninivitas porque não tinha outra opção. Ele sequer percorreu toda a cidade (v.3-4). Jonas estava obedecendo a uma ordem divina, mas sem a mínima compaixão.

- Que mensagem “precária”. Não havia unção. Não havia vibração. Havia apenas o tom de condenação, e era o que ele queria.

- Mas algo extraordinário acontece, Nínive é convertida. (v.5-10)

 

Amando as coisas secundárias (capítulo 4)

- Jonas ao invés de se alegrar, teve um extremo desgosto por ver a cidade se converter e saber que a sentença de condenação por ele pronunciada não seria mais aplicada a Nínive. (v.1)

- Os preconceitos de Jonas estavam tão impregnados em seu coração, que a alegria deu lugar à ira, a ponto de entrar num processo depressivo. (v.3)

- Tão duro era o coração de Jonas, que ele ainda esperava que Deus mudasse de pensamento e destruísse Nínive. (v.5)

- Deus traz uma lição para Jonas através de uma planta (v.6-11)

- Talvez, nós tenhamos nossa aboboreira. Coisas que valorizamos mais do que aquilo que realmente importa para Deus.

 

Conclusão

- No livro de Jonas aprendemos: Deus é soberano e sempre realiza sua vontade; É impossível qualquer tentativa para fugir de Deus; Os preconceitos nos tornam sem amor pelos incrédulos; quando estamos em desobediência nos tornamos maldição aonde quer que vamos; Quando amamos coisas secundárias, nossa vida se torna mesquinha e sem alegria; O caminho da desobediência sempre nos coloca em enrascadas; Quão grande é o amor de Deus pelos pecadores. 

 

As quatros lições de Obadias

Lição 7

(Resumo feito pelo Pr Walter B. Moura)

Texto básico: Ob. 1.21

Introdução

- O livro de Obadias, trata da inimizade entre dois povos: Israel e Edom, os quais descenderam de dois irmãos: Jacó e Esaú.

- Este problema entre os povos começou entre os dois irmãos, embora tenha havido uma reconciliação entre os dois.

- A primeira vez que esta animosidade se tornou evidente entre os dois como nações, foi quando Israel saía da terra do Egito em peregrinação. Apesar dos apelos de Moisés para que Israel pudesse atravessar pelas terras de Edom, os edomeus não permitiram. Este fato ficou registrado em Nm 20.14-21.

- As Escrituras estão fartas de referências a esta inimizade tão antiga, e isto levou Deus a fazer a declaração de que destruiria Edom. Com referência a este livro, quatro importantes lições serão destacadas.

 

A primeira lição v.1 – Deus comanda a história

- O versículo primeiro diz que as nações estariam se levantando contra Edom. Embora as nações estivessem indo atrás de seus próprios intentos, na verdade estavam agindo, sem saber, debaixo da orientação de Deus.

- Estavam sendo instrumentos nas mãos do Soberano Deus para destruir a nação de Edom.

- Deus comanda a história e a faz caminhar em direção à sua vontade final. Evidentemente que Deus não faz o mal, mas Ele usa o mal praticado pelos homens, tornando-o em bem e encaminhando-o na direção desejada. Gn 50.20

- Dizer que Deus é soberano é declarar que Ele é onipotente, possuindo todo poder nos céus e na terra, de tal maneira que ninguém pode impedir os seus planos, nem contrariar os seus propósitos, nem resistir a sua vontade (Sl 115.3). Deus estabelece reinos, derruba impérios e determina o curso das dinastias, segundo o seu agrado.

- Obadias nos mostra que Deus conduz a história. As nações se levantarão contra Edom e não se trata meramente da vontade das nações, mas de um ato planejado por Deus.

 

A segunda lição v. 2-4 – O orgulho humano é prenúncio da queda

- O que fez Edom cair foi o seu orgulho. “A soberba do teu coração te enganou”.

- Devido a sua fortaleza natural, Edom se achava seguro a ponto de se ufanar.

- Nós também, nos orgulhamos da nossa capacidade, dos nossos pontos fortes e presumimos que mal nenhum nos acometerá. Alguns se orgulham e se acham auto-suficientes devido a sua inteligência. Outros, por terem muito dinheiro, começam a confiar no poder e segurança que o dinheiro pode dar, e se esquecem da divina providência.

- Nesse sentido, muitas vezes, os nossos pontos fortes têm sido a causa da nossa queda. O orgulho sempre nos engana.

“Quem me deitará por terra?” talvez, humanamente falando, ninguém. Mas, e Deus? V.4

- os edomitas não foram os primeiros e nem serão os últimos a confiarem em recursos humanos. Por natureza o orgulho faz com que fiquemos satisfeitos conosco mesmos, levando-nos a pensar que somos bons o suficiente.

- Não se orgulhe de suas habilidades, de suas forças, de seu conhecimento, de sua inteligência ou de sua aparência. Lembre-se da exortação das Escrituras em 1 Co 8.2 e 1 Pe 5.5).

- O orgulho gera derrota e queda, mas a humildade gera exaltação. (Tg 4.10; 1Pe 5.6)

 

O que o homem semear isto colherá (v. 10-15)

- Edom não deveria ter feito o que fez. Ele sofrerá as conseqüências dos seus atos passados. Ele foi um dos invasores (v.11); Se alegrou com o mal sobre Israel (v.12); espoliou o fraco (v.13); matou e capturou os fugitivos (v.14).

- O pecado não ficará impune para aqueles que dele desfruta.

- Não podemos nos esquecer de que não se pode simplesmente fazer o que se deseja sem medir as conseqüências. (Jr 17.1; Gl 6.7-8)

 

O triunfo final de Deus e de seu povo (v.17-21)

- O monte Sião seria restaurado. Ela se concretizará com a vinda do Senhor. (v.15, 17).

- O reino de Deus está presente em nós (Lc 17.21), mas ainda aguardamos o reino futuro, que se cumprirá com a segunda vinda de Cristo. E este reino será em glória muito superior a glória do reino presente. (1 Co 2.9).

- A vitória final do reino do Senhor é um motivo para permanecermos firmes, mesmo nas maiores crises.

- Num mundo repleto de violência, desonestidade, imoralidade, muitos chegam a descrer que há um Deus que fará triunfar o seu reino. Todavia, haverá o dia da vitória final e o reino será do Senhor. (v. 21).

 

Conclusão

- Não esqueçam que Deus é o Senhor da história. Que o orgulho engana e mata o ser humano. Que tudo que o homem semear, isto também ceifará. Que no final da história o povo de Deus será vitorioso.

 

O Princípio do Serviço

Lição 5

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: Zc 4

Introdução

- Se desejamos nos envolver em um serviço frutífero e eficaz (e devemos desejar), então devemos agir segundo este princípio: A verdadeira obra de Deus pode ser realizada somente através do poder de Deus.

 

1. Não por força nem por Poder, mas pelo meu Espírito

- Deus está dizendo que não teremos êxito em sua obra pelo fato de reunirmos um grande número de pessoas ou recursos, ou por possuirmos uma habilidade incomum. Força faz referência a um grande exército. Poder fala de vigor ou de habilidades que uma pessoa pode possuir.

- Ação insubstituível do Espírito Santo – é muito importante manter esta verdade em mente no que concerne à grande tarefa de evangelização mundial. Não devemos confiar em métodos e em novos instrumentos evangelísticos.

- “O mundo será evangelizado quando os cristãos agirem firmados na crença de que o Espírito Santo habita cada crente e o capacita para levar adiante a obra de Deus. O Espírito Santo é o nosso principal recurso... Ele pode libertar cristãos para que eles vivam contentes, amem sem limites, sirvam sacrificialmente, testemunhem com poder, sofram com alegria e, se necessário for, morram de modo triunfal.” Stanley Mooneyham

- Áreas de Operação do Espírito Santo – Temos de dar uma considerável prioridade àquelas áreas nas quais sabemos que o Espírito de Deus opera. Por exemplo, sabemos que o Espírito opera através da palavra de Deus, da oração, da unidade.

 

2. Todas as coisas são possíveis, e completaremos a obra de Deus

A tarefa da evangelização mundial é muito árdua. Na verdade, ela é impossível aos olhos humanos, mas o Senhor é poderoso para realizar grandes coisas. (Zc 4.7)

- Phillips Brooks disse certa vez: “oh, não orem pedindo vidas fáceis. Orem para serem homens mais fortes. Não peçam tarefas iguais às suas capacidades. Peçam capacidades iguais as suas tarefas. Assim, a execução do trabalho não será nada milagroso. Mas vocês serão um milagre. A cada dia vocês ficarão maravilhados consigo mesmos, por causa da riqueza de uma vida que se tornou realidade pela graça de Deus”.

 

3. “São os dois ungidos, que assistem junto ao Senhor de toda a terra” (Zc 4.14)

- O profeta viu duas oliveiras, uma de cada lado do candelabro.  Há varias suposições acerca da identidade desses dois ungidos. Alguns acreditam que é uma referência a Josué, o sumo sacerdote, e a Zorobabel, o governador, que, em suas respectivas áreas, eram os líderes que Deus havia indicado para o povo. A eles é dado o privilégio inefável de serem assistentes do Senhor. Isto confere muito significado à vida. Não pode haver maior realização do que esta de assistir junto ao Senhor de toda a terra.

- A bíblia esta repleta de expressões que sublinham a nossa elevada posição no serviço do Senhor. Somos chamados seus embaixadores (2Co 5.20). Somos seus amigos (Jo 15.15). Somos suas testemunhas (At 1.8). Somos chamados reino e sacerdotes (Ap 1.6). Somos cooperadores de Deus (1Co 3.9). Nunca devemos perder a alegria de sermos mensageiros e servos do Senhor.

 

Conclusão

- A verdadeira obra de Deus pode ser realizada somente através do poder de Deus. Não por força nem por violência, mas pelo Espírito de Deus.  No dia em que servirmos com esta visão, então sim, venceremos muitas dificuldades e completaremos as tarefas dadas por Deus a nós. 

 

 

O Preparo para o Serviço

Lição 4

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

 

Texto básico: Is 6.1-9

Introdução

- O nosso pensamento a respeito de Deus ira determinar se vivemos e servimos de forma correta ou medíocre.

- A.W.Tozer disse: “Aquilo que sobrevém à nossa mente quando pensamos em Deus é a coisa mais importante acerca de nós mesmos”.

- Através das épocas, aqueles que desejaram honrar a Deus precisaram deste supremo e santo conhecimento do Onipotente Senhor.

- Conhecer a Deus é uma experiência transformadora que nos prepara para um serviço eficaz. A experiência de Isaías ilustra isto de modo muito claro.

 

Isaías viu o Senhor

- A morte do rei Uzias representou um tempo difícil para Judá e seus habitantes, incluindo o profeta Isaías. Nesta hora de trevas para o reino, Isaías viu o Senhor. Temos a tendência de reclamar quando passamos por circunstâncias difíceis, mas muitas vezes tais experiências resultam em crescimento espiritual. A oportunidade de conhecer melhor a Deus valoriza muito as provações.

- Isaías viu um Senhor magnífico e exaltado, assentado sobre um trono. Sua presença e influência enchiam o templo. Contemplar a Deus não resulta outra coisa a não ser em adoração e serviço.

Isaías viu os servos do Senhor (serafins) e sua devoção e fervor a Deus. Um exemplo a ser imitado por nós.

- Isaías percebeu que os serafins davam ênfase especial à santidade e à glória de Deus. (v.3). Qualquer que vê Deus, vê uma santidade perfeita.

- O lugar estremece e se enche de fumaça denotando o poder glorioso do Todo-Poderoso.

- Deus revela-se para nós hoje por meio das Escrituras, aquilo que Isaías contemplou em visão, nós contemplamos pelo registro sacro.  Não precisamos de novas visões para saber quem é Deus. A natureza, a vinda de Jesus Cristo, a bíblia e o ministério do Espírito Santo, todos se combinam para nos dar um pleno conhecimento de Deus.

 

Isaías viu a si próprio

-Ele viu sua pecaminosidade. (v. 5). Quando virmos e conhecermos a Deus, chegaremos à condição de entender que não somos nada e Deus é tudo. Ver a nós mesmos como Deus nos vê leva-nos a clamar pela nossa purificação.

 

Isaías ouviu o chamado de Deus

- Impressionado com a santidade e a grandeza de Deus, e purificado pela sua graça, Isaías agora esta em condições de ouvir o chamado de Deus. (Is 6.8)

 

Isaías ofereceu-se imediata e entusiasticamente

- Ele disse: “eis-me aqui” (v.8). Quando vemos e conhecemos a Deus também queremos servi-lo com todo o nosso ser.

 

Conclusão

- Conhecer a Deus é uma experiência transformadora que nos prepara para um serviço eficaz. 

 

A vocação Profética de Jeremias

lição 3

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: Jr 1.1-19

Introdução

Deus levantou Jeremias para uma função difícil. Para ser rejeitado, para pregar e ninguém ouvir, para derrubar e arrancar para edificar e plantar: olha que hoje te constituo sobre as nações e sobre os reinos, para arrancares e derribares, para destruíres e arruinares e também para edificares e para plantares (Jr 1.10)

As mensagens dos profetas do AT demandavam tanto falarem de castigo e dor pela desobediência do povo, quanto falarem de esperança e paz. Assim foi a vida e a mensagem de Jeremias. Uma mensagem de destruição e de edificação.

 

O tempo do profeta

- Jeremias recebeu o seu chamado para o ministério profético quando tinha cerca de 22 anos, por volta do ano 612/610 a. C. (Jr 1.2, 6)

- Era um período conturbado. O pai de Josias (Amon) havia reinado apenas dois anos antes dele e fora assassinado no palácio. Isso, num contexto de conspirações rebelião e conspiração política de nações vizinhas, como a Assíria e depois Babilônia, contra Judá, o que culminaria com o exílio de Jerusalém, assistido e vivido por Jeremias, em seu começo.

- Também no aspecto religioso a nação estava em crise. O povo se “prostituía” (Jr 3.1) com outros deuses e esqueceram-se do Senhor (Jr 2.21,27)

 

O chamado do profeta

- O chamado de Jeremias está baseado em três partes: A eleição (conheci); a consagração (consagrei) e a nomeação (constituí). Jr 1.5

- A eleição – Quando estamos recebendo de Deus um chamado especial, devemos estar certos de que esta escolha é fundamentada no imenso amor que Deus tem por nós. E isso desde a eternidade, como no caso de Jeremias, antes da sua geração.

- A consagração – O sentido é que , se é Deus quem está chamando, é sinal de que a pessoa é separada pro Deus especialmente para cumprir a função a que se destina. Deus é quem o chamou e o separou para o ministério.

- A Nomeação – Deus constituiu Jeremias para a função de profeta.  Isto estava bastante claro para Jeremias porque ele sabia que, naquela hora, estava sendo levantado pro Deus para ser seu mensageiro, sua própria boca (v.9). Quando Deus chama alguém, ele vê claramente para o que foi nomeado.

 

A resposta do profeta

- “Então disse eu: ah! Senhor Deus...” A resposta do profeta foi imediata e contundente. A expressão “Ah”, no original, é usada quando a pessoa é atingida pro algo extremamente desagradável. Como se fosse agredido por uma notícia muito ruim. “Espera aí!”, “comigo não!”, são expressões em nossa língua que transmitem a mesma idéia. Jeremias não só se sentiu incapacitado para exercer o papel de mensageiro de Deus, numa situação de tanta adversidade, como quis de toda forma, esquivar-se imediatamente da função. Porém o Senhor disse não. Deus o conduziria até o fim. (Jr 1.6-8,17)

Conclusão

- Deus convoca seus profetas hoje ainda, isto é, expositores da palavra de Deus.

- Exercer esse ministério hoje tem sido um enorme desafio como também foi para Jeremias. O povo resiste à verdade e se apega a mensagem dos falsos profetas como aconteceu com o Profeta que proclamou as verdades de Deus por aproximadamente 40 anos sem sucesso. 

 

 

Os Falsos Profetas

Lição 2

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

 

Texto básico Mt 7.15-20

Introdução

- Karl Barth afirmou: “O falso profeta é o pastor que agrada a todo mundo. Seu dever é dar testemunho de Deus, mas ele não vê a Deus e prefere não o ver porque vê muitas outras coisas... Ele sabe que Deus quer tirar os homens da impiedade e que a luta espiritual deve ser travada. No entanto, prega a “paz”, a paz entre Deus e o mundo perdido que está em nós e fora de nós. Como se tal paz existisse! Sabe que seu dever consiste em proclamar que Deus cria uma nova vontade, uma nova vida; mas não, ele deixa reinar o espírito do medo, do engano, de Mamom, da violência – a muralha construída pelo povo (EZ 13.10); o muro oscilante e rachado, ele o disfarça pintando de cores suaves e consoladoras da religião, para o contentamento de todo o mundo. Eis aí o falso profeta.”

 

  1. 1.      Definição Bíblica

- Historicamente, sempre estiveram, estão e estarão na Igreja. É por isso que Jesus nos adverte: “Acautelai-vos dos falsos profetas” Mt. 7.15.

- Verdadeiros profetas nos falam a respeito dos falsos profetas. (Jr 6.13-14; Ez 22.27-28; Sf 3.4).

 

  1. 2.      As características do Falso Profeta

Algumas características principais:

2.1 Ausência de vocação (Jr 23.21). O falso profeta atua por iniciativa própria, não por vocação divina.

2.2 Mensagem própria (Jr 14.14; 23.16). O falso profeta prega o seu sonho, a sua adivinhação mentirosa, a sua visão vã. (Jr 27.15; 29.9; Ez 13.3-6).

2.3 Incentiva a desobediência (Jr 23.27). O verdadeiro profeta conduz o povo de volta para Deus, em atitude de santificação (Jr 23.22).

 

  1. 3.      Como identificar o Falso Profeta

- No AT, no contexto dos profetas da antiga aliança, Deus orienta: “como conhecerei a palavra que o Senhor não falou? Sabe que, quando esse profeta falar em nome do Senhor, e a palavra dele se não cumprir, nem suceder, como profetizou, esta é palavra que o Senhor não disse; com soberba, falou o tal profeta; não tenhas temor dele” Dt 18.21-22.

- O verdadeiro profeta se distinguia do falso através do cumprimento da profecia proferida. Logo, as profecias tinham cumprimento a curto prazo de tal forma que pudesse ser avaliada pelo povo.

- Jesus orienta que é possível avaliar o falso profeta (Mt 7.15-17,20).

- O bispo Ryle afirmou “Doutrina sadia e vida santa são os sinais dos verdadeiros profetas”.

 

Conclusão

- Devemos rejeitar e combater os falsos profetas, pois o próprio Deus se coloca contra os falsos profetas: “Eis que eu sou contra esses profetas, diz o Senhor” Jr 23.31.

- Para não sermos iludidos, Jesus é a voz que precisa ser ouvida a fim de ser seguido. “As minhas ovelhas ouvem a minha voz; Eu as conheço, e elas me seguem” Jo 10.27.

 

Profeta e Profecia

Lição 1

(Resumo feito pelo Pr Walter B Moura)

Texto básico: Lc 16.16

Introdução

- A bíblia reconhece a profecia como um meio de comunicação divina. Deus falou aos homens, muitas vezes e de muitas maneiras, através da instrumentalidade profética (Hb 1.1).

- A função do profeta era falar em nome de Deus. O profeta é um porta-voz da revelação de Deus e a profecia é o conteúdo da revelação. (2Pe 1.21).

 

  1. 1.      O Profetismo Bíblico

- O termo profeta aparece pela primeira vez na bíblia em Gn 20.7, referindo-se a Abraão, homem que conhecia a Deus.

- Oficialmente, a profecia surgiu com Moisés (Dt 18.18; Os 12.13; Nm 11.25; 12.2) e se estabeleceu com Samuel (1Sm 9.9); 10.5 e 19.20).

- Nos tempos de Davi, o grupo dos cantores do santuário “profetizava com harpas, em ações de graças e louvores ao Senhor” (1Cr 25.3). Entretanto é com Elias e Eliseu e os profetas escritores do século VIII a.C., que o sentido de profeta como aquele que ministrava a palavra de Deus aos seus contemporâneos ganhou preeminência histórica.

- O fenômeno da inspiração dá originalidade à profecia bíblica. Pela inspiração, Deus fala ao profeta, que transmite fielmente a mensagem que recebe. (Jr1.9; Dt 18.18).

 

  1. 2.      Os Profetas da antiga e da nova Aliança

- Em Jesus se cumpre e se divide o exercício profético em profetas da Antiga Aliança e da nova Aliança (Hb 8.1-13; Jr 31.31-34).

- As profecias dos profetas escritores podem ser classificadas em três grupos principais: profecias a respeito de Israel e o seu relacionamento com Deus; profecias messiânicas ou acerca de Jesus Cristo, o Redentor prometido; e as profecias escatológicas, isto é, acerca dos últimos dias quando o reino de Deus será estabelecido visivelmente na terra.

- O principal objetivo das profecias na Antiga Aliança era exortar o povo de Israel para o seu compromisso com Deus assumido na Aliança (Is 1; Jr 11.1-17; Ez 16; Dn 9; Os 1-2). Fidelidade a Deus! Por isso o monoteísmo, a santificação e ao messianismo são os temas centrais da pregação profética.

- João Batista é o último profeta da Antiga Aliança e o precursor de Jesus. (Lc 16.16), ou seja, após João Batista não existiu mais o profeta nos moldes da Antiga Aliança.

- Jesus Cristo é o profeta da Nova Aliança. Ele nos revela Deus pela sua palavra e pelo seu Espírito, assim como a vontade de Deus para a nossa salvação (Jo 1.1-14; 15.15; 20.31; Jo 14.26).

- Todo o cristão passa a ser, a partir da nova aliança, uma testemunha do Senhor Jesus (1Pe 2.9). O ministério profético constitui-se, agora, na pregação da Palavra de Deus com a tríplice finalidade de edificar, exortar e consolar (1Co 14.3; 2Tm 4.2; 1Pe 4.11).

- Não há novas revelações normativas posteriores a bíblia (Ap 22.18; Dt 4.2; Pv 30.5-6).

 

  1. 3.      Elementos do profetismo bíblico

- Havia três elementos essenciais no profetismo bíblico: a vocação profética, pois não existia verdadeiro profeta sem o chamado divino (Jr 1.1-19; Jn ; Jr 23.21); a mensagem que o profeta recebia de Deus e que deveria transmitir aos outros (Jr 1.2; Ez 1.3; Os 1.1); e o cumprimento cabal daquilo que foi profetizado (Dt 18.20-22).

 

Conclusão

- Jesus veio, confirmou e cumpriu as Escrituras. Ele é o “Grande Profeta”. Ele é a revelação definitiva de Deus. Ele é o portador e o conteúdo da revelação de Deus. Portanto, a revelação especial de Deus chega a nós nas Escrituras e através delas. Nelas aprendemos acerca de Jesus, O conhecemos pessoalmente e somos salvos. Elas são a base e a norma de toda pregação e de todo ensino cristão.