O cristão e os Dez mandamentos

(Resumo feito pelo Pr Walter B. Moura)

Texto básico: Mt 19.16-22

 

Introdução

- Os dez mandamentos representam a vontade de Deus para as nossas vidas.

- No entanto, sabemos que somos pecadores temos dificuldades de obedecermos à lei divina.

- É preciso ter consciência que a lei não salva, pois somos salvos pela graça e misericórdia de Deus.

- Jesus afirma a validade da lei, ao mesmo tempo em que revela a impossibilidade do homem natural cumpri-la integralmente. (Mt  19.16-23)

- Jesus é o nosso elo com Deus, aquele que possibilita a aceitação de pecadores por um Deus santo, o exemplo de procedimento e de cumprimento dos mandamentos a serem seguidos.

 

1.       Alguém já obedeceu todos os dez mandamentos?

- A bíblia revela nossa incapacidade devido a nossa natureza corrompida pelo pecado.

- Pecado é toda transgressão da lei e a falta de conformidade com a mesma, e como pecadores que somos, desobedecemos a sua lei em pensamentos, palavras e ações.  (Rm 3.9-18)

- Paulo registra a nossa real situação e de como carecemos da misericórdia de Deus. A primeira carta de João reforça essa idéia retirando de nós qualquer sentimento ou pensamento de justiça própria. (1Jo 1.8-10)

- Somente Jesus Cristo obedeceu a lei de Deus em todos os seus aspectos.

- Sua obediência o qualificou para ser o nosso substituto. (Hb 2.14-18; 7.26-28)

 

2.       Ninguém jamais obedeceu todos os dez mandamentos

- Cristo e sua graça não é contrário, nem esta em oposição a lei de Deus.

- Jesus disse que não veio para anular ou abolir a lei, mas sim para cumpri-la.

- O que de fato acontece é que o padrão que Deus requer é alto demais para miseráveis pecadores como nós, e se não fosse a sua graça estaríamos perdidos.

 

3.       Obedecemos os mandamentos em Cristo

- Cristo demonstrou perfeita obediência ao Pai. Tínhamos necessidade de um perfeito sacerdote e mediador.

- Ele foi morto, e recebeu, através do seu sacrifício vicário, o salário do pecado, pelos pecados do seu povo.

- Com sua obediência perfeita ele nos imputa sua justiça e obediência.

-Então, com respeito à nossa salvação , confiamos, assim , na justiça dele e não na nossa própria.

 

4.       Procuramos obedecer os mandamentos por Cristo

- Apesar de nossa inabilidade no cumprimento da lei, para nossa salvação, ela é o alvo e diretriz fornecidos por Deus para o nosso caminhar diário, para a nossa santificação.

- Jesus se apresenta como nosso exemplo e reafirma a importância de guardarmos os seus mandamentos: “Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor; assim como também eu tenho guardado os mandamentos de meu Pai e no seu amor permaneço”.(Jo 15.10)

- Termos prazer em obedecer os mandamentos de Deus é a grande evidência da nossa salvação : “Ora, sabemos que o temos conhecido por isto: se guardamos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu o conheço e não guarda os seus mandamentos é mentiroso, e nele não está a verdade”  (1Jo 2.3-4).

 

Conclusão

- Reconhecemos, portanto, que estamos todos debaixo da maldição do pecado.

- Nossa incapacidade de cumprimento da lei é superada pela graça e misericórdia de Deus em cristo Jesus.

- Nos dez mandamentos conhecemos os nossos limites e as nossas obrigações.

- Não nos esqueçamos, a lei de Deus é santa, e deve ser buscada de todo o coração para a glória de Deus.

- Jesus Cristo é a nossa paz e garantia de que somos aprovados por Deus.

 

 

A cobiça

(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)

Texto básico: Êx 20.17

Introdução

- Deus ao criar o homem, o fez com a capacidade de desejar.

- O pecado corrompeu a natureza humana, e assim do coração do pecador procedem os homicídios, os roubos, os adultérios e todos os maus desígnios. (Mc 7.23)

- Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes da vida. (Pv 4.23)

- A cobiça é o desejo indevido do coração humano por outras pessoas ou coisas.

 

  1. 1.       O mandamento

-O propósito deste mandamento é: visto que Deus quer que a alma toda seja possuída do afeto do amor, de nossas disposições se deve alijar todo desejo contrário à caridade. Portanto, a síntese será que não se nos insinue qualquer pensamento que nos mova o espírito com uma concupiscência danosa e tendente ao detrimento de outrem. (Calvino)

- A cobiça é um desejo intenso, extremo, egoísta, ganancioso, desordenado e descontrolado.

- Ela gera desonestidade, infidelidade, avareza, corrupção, materialismo e carnalidade.

- A cobiça limita-se com a inveja; uma é continuação da outra e ambas conjugadas induzem à prática pecaminosa.

- Davi, por exemplo, cobiçou e, por meios criminosos, conquistou a mulher cobiçada.

- O mandamento ao destacar o que não pode ser cobiçado (mulher, escravos, animais, móveis e imóveis), estabelece uma escala de valores e de importância na ordem decrescente, ocupando a esposa degrau superior.

 

  1. 2.       Exigências

- O décimo mandamento exige pleno contentamento com a nossa própria condição (Hb 13.5), bem como a disposição caridosa para com o nosso próximo, e tudo o que lhe pertence. (Rm 12.15; Fp 2.4; 1Co 13. 4-6)

 

  1. 3.       Proibições

- O décimo mandamento proíbe toda a inveja ou pesar à vista da prosperidade do nosso próximo (Gl 5.26) e toda tendência e afeições desordenadas a alguma coisa que lhe pertença (Cl 3.5)

- Contentar-se com o que se tem não significa deixar de lutar honestamente, para adquirir mais, mas agradecer a Deus o que Dele já recebeu, e eliminar as ansiedades próprias dos invejosos, dos cobiçosos, dos avarentos.

- Os desejos sinceros de progredir e de possuir são legítimos. Pecaminosa é a cobiça.

 

Conclusão

- O décimo mandamento toca no âmago dos problemas do pecado humano.

- De maneira geral os dez mandamentos condenam os atos exteriores de pecado, porém, este que proíbe a cobiça condena o próprio desejo do coração, mesmo que o pecado não tenha se concretizado visivelmente.

- “o Senhor ordenou que a norma da caridade presida a nossas vontades, a nossos esforços, a nossas ações, assim agora ordena sejam conduzidos à mesma norma os pensamentos de nossa mente, para que não haja nenhum pensamento corrupto e pervertido, que incite a mente em outra direção.” Calvino

- “Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração” (Sl 37.4)

- Rejeitemos, portanto, todo desejo ilícito, pecaminoso e desejemos aquilo que é lícito e agradável a Deus, pois assim ele nos agraciará com suas dádivas.

 

 

Falso Testemunho

(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)

Êx 20.16

Introdução

-“Seu propósito: visto que Deus, que é a verdade, abomina a mentira, entre nós se deve cultivar a verdade sem dissimulação. Portanto, a suma é esta: que não prejudiquemos o nome de alguém ou com calúnias e incriminações falsas, ou mentindo façamos dano a seu patrimônio; enfim, não façamos mal a quem quer que seja, pelo desenfreamento da maledicência e da mordacidade. A esta proibição está ligada a injunção a que prestemos a cada um, até onde for viável, fiel assistência na afirmação da verdade, para que se proteja a integridade tanto de seu nome, quanto de suas coisas.” Calvino

- Muitos problemas podem ser causados por causa de uma notícia falsa.

- Um dos órgãos humanos causador de males é a língua, diz são Tiago.

- Deus freia a nossa língua por meio de sua lei; “não dirás falso testemunho contra o teu próximo.”

- O objetivo deste mandamento é respeitar a dignidade e a reputação do próximo.

 

1.       O mandamento

- Na sociedade tribal de Israel, simples por natureza, a justiça era direta e imediata.

- O depoimento de duas testemunhas poderia significar a execução do réu dependo do crime.

- Portanto, seria vil admitir um falso testemunho contra o próximo, pois poderia servir para um assassinato.

- Então, testemunhar falsamente, no contexto social de Israel, poderia incorrer em algo equivalente ao sexto mandamento, isto é, matar, e com agravantes da premeditação, da falsidade e da perversidade. (1Rs 21.8-14)

 

2.       Exigências

- O nono mandamento exige a manutenção e promoção da verdade entre os homens (Zc 8.16) e a manutenção da nossa boa reputação (1Pe 3.16; At 25.10) e a do nosso próximo (3 Jo 1.12), especialmente quando somos chamados a dar testemunho” (Pv 14.5,25).

- O crente não somente tem o dever, a responsabilidade e a incumbência de testemunhar a retidão, a justiça, e o bem, mas também lhe cabe a impostergável obrigação de promover, como missionário de Cristo, a veracidade e a honestidade dos atos, dos tratos, dos testemunhos e dos comportamentos.

Somente assim manterá a própria honra e preservará a do próximo.

 

3.       Proibições

- O nono mandamento proíbe tudo o que é prejudicial à verdade (Pv 19.5; 6.16-19), ou injurioso, tanto à nossa reputação como à do nosso próximo (Lc 3.14; Sl 15.3).

- A mentira não é somente incompatível com a verdade, é a sua negação, a sua destruição.

- O falso testemunho, a omissão da realidade fatual ou o falseamento da verdade são impróprios a um servo de Deus e contraditório à realidade cristã.

A verdade é de natureza divina, a mentira é demoníaca.

 

Conclusão

- Um falso testemunho pode arruinar a vida de uma pessoa.

- Um falso testemunho pode arruinar um ministério pastoral ou qualquer outro ministério.

- Um falso testemunho pode causar um terrível mal em uma igreja local.

- Ora, a língua é fogo; é mundo de iniqüidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno. ( Tg 3:7)

 

Furto

(Resumo feito pelo Pr Walter Moura)

Texto básico: Êx 20.15

Introdução

- A bíblia admite a necessidade de propriedade privada.

- O oitavo mandamento: não furtarás, pressupõe o direito e o respeito da propriedade privada.

- Por exemplo, o MST, ainda que seja legítimo reivindicar terras, invadi-las tendo um proprietário não se justifica. É uma quebra do oitavo mandamento.

Diz Calvino: “Propósito: uma vez que a injustiça é uma abominação a Deus, que se dê a cada um o que é seu. Portanto, a síntese deste mandamento será que somos proibidos de cobiçar as coisas alheias e, conseqüentemente, se nos ordena fazer sincero esforço em conservar a cada um seus próprios bens. Pois, deve-se assim refletir: que a cada um vem aquilo que possui, não por contingência fortuita, mas em virtude da dispensação do Supremo Senhor de todas as coisas. Portanto, não se pode, mediante maldosas artimanhas, defraudar as posses de quem quer que seja sem que se cometa violação da divina dispensação.”

 

     1.       O mandamento

- Este mandamento proíbe: o furto, o roubo, o latrocínio, a defraudação, o peculato, o estelionato e todos os demais ilícitos nos campos produtivos, sejam eles privados ou coletivos.

- Qualquer ato lesivo ao próximo ou a sociedade, está sob condenação divina.

 

     2.       Exigências

- O oitavo mandamento exige que procuremos o lícito adiantamento das riquezas e do estado exterior, tanto nosso (2 Ts 3.10-12; Rm 12.17; Pv 27.24) como do nosso próximo. (Lv 25.35; Fp 2.4; Pv 13.4; Pv 20.4; Pv 24.30-34).

- A licitude deve se o lema do verdadeiro cristão. A riqueza que nasce do esforço honesto é, certamente, abençoada por Deus, pois não se constitui de bens maculados com o suor, a lágrima e o sangue do semelhante explorado ou enganado.

 

     3.       Proibições

- O oitavo mandamento proíbe tudo o que impede ou pode impedir, injustamente, o adiantamento da riqueza ou do bem-estar exterior, tanto nosso (1Tm 5.8) como do nosso próximo (Ef 4.28; Pv 21.6; 2 Ts 3.7-10).

- O empregador crente está obrigado pelo seu Salvador a remunerar dignamente os seus empregados.

- O trabalhador que, recebendo salário justo, não produz o que pode e o que deve, está em falta.

 

Conclusão

- Já circula na sociedade que, nos negócios, os crentes não são confiáveis: “Negócio com crente, dinheiro na frente”.

- Os crentes são considerados maus pagadores e caloteiros.

- Obviamente, o mandamento proíbe diretamente a subtração de bens do próximo.

- O mandamento também, de maneira indireta, proíbe agir dolosamente, seja através de algum serviço prestado ou negócio realizado que prejudique financeiramente o próximo.

Portanto, desta forma obedeceremos devidamente ao mandamento: se, contentes com nossa sorte, diligenciarmos por não obter nenhum outro ganho, senão o honesto e legítimo; se não visarmos a enriquecer-nos com injustiça, nem nos propusermos a arruinar o próximo em seus haveres, para que nosso patrimônio cresça... Ao contrário, porém, seja-nos este o perpétuo escopo: até onde possível, mediante conselho e assistência, a todos ajudemos fielmente a conservarem o que é seu.” Calvino

 

Não adulterarás

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.14

- O adultério tem sido uma prática perniciosa que tem destruído muitos lares.

- A libido e a atuação de satanás para enredar muitos na área sexual têm levado crentes a sucumbirem neste pecado.

- Muitos lares têm sido destruídos pelo adultério, trazendo sofrimento para os cônjuges e principalmente para os filhos.

- A finalidade do sétimo mandamento é a proteção da família.

 

1.       O mandamento

- O que é adultério? É a violação do leito conjugal.

- O adultério compreende três ilícitos sexuais: adultério, fornicação e prostituição.

- Estes não são rigorosamente idênticos, embora todos os delitos por eles expressos, estão sob juízo e condenação do sétimo mandamento.

 

1 Adultério - Relação sexual ilícita entre duas pessoas casadas ou entre uma casada e outra solteira, maculando o tálamo conjugal, destruindo a unidade matrimonial, estabelecendo a infidelidade, ferindo a ordenação divina de união entre marido e mulher.

 

2 Fornicação - Prática sexual de pessoas solteiras ou viúvas antes e fora do casamento.

- O sexo pré-matrimonial, especialmente ente adolescentes, passou a ser procedimento comum nos tempos modernos.

- Compete à igreja, guardiã, pela prática e pelo ensino, das ordenanças divinas, instruir a sua juventude e coibir-lhe, firmemente, a prostituição.

- A fornicação coloca em dúvida sua futura fidelidade conjugal, dificulta-lhe a formação do lar.

 

3 Prostituição - A prostituição abrange dois aspectos da ilicitude sexual:

3.1 Prostituição sagrada

- Eram praticados por antigas práticas cultuais pagãs entre sacerdotes e sacerdotisas. Estes cultos eram verdadeiras orgias.

3.2 Prostituição venal

- Comercialização do sexo, onde em busca dos prazeres sexuais homens e mulheres se transformam em objetos de consumo, onde a concupiscência, a lascívia, e a despudorada pornografia degradam o ser humano.

 

2.       Exigências

- O sétimo mandamento exige a preservação da nossa própria castidade (1Ts 4.4-5), e da do nosso próximo (1Co 7.2; Ef 5.11-12), no nosso coração (Mt 5.28), nas palavras (Ef 4.29; Cl 4.6) e na conduta (1Pe 3.2).

- A depravação sexual provém de um coração corrupto.

- O Espírito Santo estabelece na consciência do regenerado rigorosa censura a tais pensamentos e atos pecaminosos.

 

3.       Proibições

- O sétimo mandamento proíbe todos os pensamentos (Mt 5.28), palavras (Ef 5.4) e ações impuras (Ef 5.3)

- A proibição, em termos de mandamento tem caráter absoluto, e o que é absolutamente proibido não pode ser absolutamente permitido ou tolerado.

- O ato sexual impuro recebe a condenação divina antes da concretização, ainda no estágio mental de elaboração (Mt5.28)

 

Conclusão

- O adultério é a violação do leito conjugal e como tal a destruição do casamento.

- A proibição do sétimo mandamento é séria, “os adúlteros não herdarão o reino de Deus”. 

 

NÃO MATARÁS

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.13

Introdução

- O valor da vida humana tem sido banalizado, vemos isso nos milhares de assassinatos anuais.

- Deus valoriza sobremaneira a vida humana.

- O sexto mandamento enfatiza a santidade da vida.

- À nenhuma pessoa é dado o direito de, a seu próprio critério, tirar a vida do seu próximo.

 

1.       O mandamento

- O sexto mandamento é interpretado a luz das leis civis e penais de Israel (Lv 18-20), proíbe ao cidadão o assassinato e o suicídio, mas deixa ao estado teocrático o direito de aplicar a pena de morte nos casos previstos em lei.

- O homem não podia tirar a sua própria vida ou a de seu próximo; pois a justiça era uma prerrogativa exclusiva do Estado, executor das ordenanças divinas.

- Os crimes de guerra também ficavam fora do que preceitua o sexto mandamento.

Em suma: o indivíduo não tinha o direito de matar; a pena de morte, sendo o caso, competia privativamente ao estado.

 

2.       Exigências

- O sexto mandamento exige todos os esforços lícitos para preservar a nossa própria vida (Ef 5.29; Mt 10.23) e a de nossos semelhantes (Sl 82.3-4; Jó 29.13; 1Rs 18.4)

- Jesus afirma que a ira sem motivo contra o próximo e o juízo maldoso de desqualificação de um irmão é quebra do sexto mandamento. (Mt 5.21-22)

- Cumpre-nos a defesa da vida como um princípio divino.

- Diz Calvino “por esta lei não só se proíbe o homicídio do coração, mas também se prescreve a disposição interior de conservar-se a vida de um irmão.”

 

3.       Proibições

- O sexto mandamento proíbe o tirar a nossa vida (At 16.28), ou a de nosso próximo, injustamente (Gn 9.6), e tudo aquilo que para isso concorre. (Mt 5.22; 1Jo 3.15; Gl 5.15; Pv 24.11-12 cf Êx 21.18-32).

 

Conclusão

- A vida nos foi dada por Deus e somente Ele a pode tirar.

- O mandamento, “não matarás”, regulamenta este princípio.

- A violência tem origem no coração corrompido do homem.

- “É-nos, portanto, proibida toda violência e brutalidade, e, de um modo geral, toda e qualquer ação deletéria pela qual venha a sofrer dano o corpo do próximo. Conseqüentemente, inculca-se-nos aplicá-lo fielmente, se algo em nosso poder é de valia para proteger a vida do próximo, buscar o que lhe contribui para a tranqüilidade, sermos vigilantes em desviar dele as coisas deletérias, dar-lhe ajuda, caso esteja em alguma situação de perigo. “ (Calvino)

“Porque de dentro, do coração dos homens, é que procedem os maus desígnios, a prostituição, os furtos, os homicídios, os adultérios.” (Mc 7.21)

 

 

Honra aos pais

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.12

Introdução

- Jesus resumiu a lei em dois mandamentos: amar a Deus e amar o próximo (Lc 10.25-28).

- As duas tábuas da lei estão neles sintetizadas, amar a Deus resume os quatro primeiros mandamentos, amar o próximo os últimos seis.

 

    1.       O mandamento (Êx. 20.12)

-Diz Calvino “A finalidade deste mandamento é: uma vez que ao Senhor Deus apraz à manutenção do que dispôs, importa que nos sejam invioláveis os graus de eminência por ele ordenados.  A síntese, portanto, será: que usemos de respeito para com aqueles que o Senhor nos fez superiores e os tenhamos em honra, em obediência e em grato reconhecimento. Donde se segue a proibição: que não denigremos nada de sua dignidade, quer por desprezo, quer por obstinação, ou por ingratidão.”

 

    2. Exigências

- O quinto mandamento exige a conservação da honra e o desempenho dos deveres pertencentes a cada um em suas diferentes condições e relações, como superiores, inferiores ou iguais (Ef 5.21-22; 6.1,5,9; Rm 13. 1; 12.10).

 

- Pais, no entendimento escriturístico e em consonância com a cultura de Israel, não são exclusivamente os genitores.

- Todos os que exercem algum tipo de autoridade sobre a nova geração, especialmente a moral e a espiritual.

- Governar, no sistema patriarcal e em regime teocrático, significava exercer o poder paternal e sacerdotal sobre o clã.

 

    3.       Proibições

- O quinto mandamento proíbe o negligenciarmos ou fazermos alguma coisa contra a honra e o dever que pertencem a cada um em suas diferentes condições e relações (Rm 13.7-8)

- Respeitar e honrar os superiores são deveres dos servos de Deus, pois todas as autoridades são revestidas de poder por Deus.

 

    4.       Razão anexa

- A razão anexa ao quinto mandamento é: uma promessa de longa vida e prosperidade (tanto sirva para a glória de Deus e o próprio bem do homem) a todos aqueles que guardam este mandamento (Ef 6. 2,3).

 

Conclusão

- Deus exige respeito dos filhos aos pais, genitores e governantes civis e eclesiásticos. Em Israel, isto era o princípio fundamenta da unidade tribal e nacional.

- O filho que desonrasse seus pais por maldição era punido com a pena de morte (Lv 20.9; Êx 21.17)

-Os princípios fundamentais do quinto mandamento permanecem: ofende a Deus o filho que desrespeita ou abandona os seus pais, causando a desorganização familiar e contribuindo para o enfraquecimento social e moral da sociedade. A crise de autoridade na sociedade atual origina-se na crise de autoridade familiar.

 

 

O dia de descanso

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.8-11

Introdução

- A guarda de um dia da semana para o Senhor é um mandamento de Deus.

- Calvino observa três razões: 1) os fiéis devem descansar de suas obras a fim de deixar Deus operar neles (Ez 20.12); 2) A separação de um dia específico para o povo se reunir em culto a Deus (Nm 28.25); 3) Dia de descanso e folga para os empregados (Êx 23.12).

- O quarto mandamento é um dos mais desrespeitados pelo povo de Deus.

 

1.   O mandamento  (Êx 20: 8-11)

- O sábado é visto no NT sob dois aspectos: cerimonial e moral. O sábado cerimonial alcança a sua plenitude em Jesus Cristo.

- Tudo aquilo que o sábado tipificava na lei cerimonial, torna-se realidade em Jesus Cristo.

- Ele é o verdadeiro sábado, isto é, o verdadeiro descanso. O propósito final da lei é Cristo. (Rm 10.4; Cl 2.16-17, Hb 10.1)

- O aspecto moral ou espiritual continua. Jesus não veio revogar a lei, mas cumpri-la.

 

2.   Exigências

- “O quarto mandamento exige que consagremos a Deus os tempo determinados em sua palavra, particularmente um dia inteiro em cada sete, para ser um dia de santo descanso a ele dedicado” (Lv 19.30; Dt 5.12; Is 56.2-7). BCW

- A expressão “dia do Senhor”  ou dia “pertencente ao Senhor” (Ap 1.10), sugere um título formal sobre o dia de adoração coletiva da Igreja. “Senhor” claramente indica a pessoa de Cristo. Ele é o Senhor. Seu senhorio é manifesto em sua ressurreição, que ocorreu no primeiro dia da semana.

Portanto, o cristianismo não por cerimonialismo ou por mandamento, mas por aquilo que o dia representava adotou o primeiro dia da semana, isto é, o domingo, como seu sábado, resguardando o aspecto moral da lei.

Do sábado para o domingo

- Desde o princípio do mundo até à ressurreição de Cristo, Deus designou o sétimo dia da semana para o descanso semanal (Gn 2.3; Lc 23.56); e a partir de então, prevaleceu o primeiro dia da semana para continuar sempre até ao fim do mundo, que é o sábado cristão (domingo) (At 20.7; 1Co 16.1-2; Jo 20.19-26)

- A transição do sábado para o domingo, como dia de descanso, dá-se no evento da paixão de Jesus Cristo. Ele ressurgiu neste dia.

- Jesus é o verdadeiro descanso (sábado), assim como o verdadeiro maná, o verdadeiro templo, o verdadeiro sacrifício, a verdadeira páscoa.

 

Modo de santificação

- Deve-se santificar o dia do Senhor, empregando todo o tempo em exercícios público e particulares de adoração a Deus. (Lv 23.3; Êx 16.25-29; Jr 17.21-22; Sl 92.1-2; Lc 4.16; Is 58.13; At 20.7)

Proibições

- Desprezar o dia do Senhor ou dar mais importância a outras atividades do que a Sua celebração é pecado.

 

Razões anexas

- Deus permite utilizarmos seis dias para os nossos interesses temporais (Êx 31.15-16) e nos convoca a dedicar-lhe um. (Lv 23.3)

 

Conclusão

- Cristo é o Senhor de todos os dias, guardar o sábado no sentido judaico é menosprezar a Cristo, Ele é o nosso verdadeiro descanso. (Hb 4.1-9)

- Quanto ao sábado, diz Calvino que a sólida substância da verdade está em Cristo e não consiste em apenas um dia, mas em todo o curso de nossa vida.

- Em outro lugar diz: “Ainda que o sábado esteja cancelado, entre nós, não obstante, ainda tem lugar isto: primeiro, que nos congreguemos em dias determinados para ouvir a Palavra, para partir o pão místico, para as orações públicas; segundo, para que se dê aos servos e aos operários relaxação de seu labor.” Calvino

 

O Nome de Deus em vão

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.7

Introdução

- A pessoa de Deus é representada pelo seu nome.

- Seu nome não foi uma atribuição que Lhe demos, mas revelado. (Êx 3.13-14; Gn 1.1; 2.4)

- Através da pessoa de Jesus Cristo, representada pelo seu nome, o cristão tem acesso a Deus. (Jo 16.23; Mt 18.20).

- O terceiro mandamento proíbe o uso do nome de Deus de forma trivial, na falsa adoração e nos juramentos falsos.

 

1.       O mandamento

“Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão.” (Êx 20:7)

 

2.       Exigências

- O terceiro mandamento exige o santo e reverente uso dos nomes (Sl 29.2), títulos e atributos (Ap 15.3-4), ordenanças (Ml 1.14), palavras (Sl 138.2) e obras de Deus (Sl 107.21-22). BCW

- O nome em si mesmo e isolado, fica despido de conteúdo moral.

- É na relação de significante e significado em que dignidade, honra e santidade são expressos por meio do nome, portanto, respeitar a Deus e honrá-lo, significa também reverenciar seu nome, acatar e seguir a revelação bíblica.

- Lembre-se das palavras de Jesus, “santificado seja o teu nome”.

 

Proibições

- O terceiro mandamento proíbe toda profanação ou abuso de quaisquer coisas pro meio das quais Deus se faz conhecer (Ml 2.2; Is 5.12)

- Todas as instituições e ordenações divinas devem ser respeitadas por causa da santa procedência.

Tomas o nome de Deus em vão e o profanam aqueles que tratam com desrespeito, recebem com leviandade e infidelidade os sacramentos e demais ordenanças do Redentor como, por exemplo: o batismo, a santa ceia, os mandamentos, as Escrituras, a oração, o culto, o matrimônio, os cânticos, etc.

 

Razões anexas

- A razão anexa ao terceiro mandamento é que, embora os transgressores deste mandamento escapem do castigo dos homens, o Senhor nosso Deus não os deixará escapar do seu justo juízo (Dt 28.58,59).

- Depois de conscientemente fazer-se um voto, uma promessa ou um compromisso com Deus ou tomá-lo por testemunha, não se há de alegar inocência com justificativa de desobediência.

 

Conclusão

- A quebra deste mandamento consiste em usar o nome divino, que é revestido de suprema e imensurável respeitabilidade, honra, dignidade e santidade.

- O nome identifica a pessoa e esta por ele se qualifica.

- Tratar com leviandade e irreverência o nome de Deus é ofendê-lo.

- Portanto, não se deve brincar com o nome de Deus, nem usá-lo trivialmente.

- Muitos crentes têm manias de invocar o nome de Cristo por nada, seja em piadas ou expressões vazias, como se não estivesse pronunciando um nome que é santo e digno de toda a reverência no seu uso. Cuidado.

 

O pecado da Idolatria

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.4-6

Introdução:

- O homem tem uma inclinação natural para  a idolatria, adoramos pessoas, posições sociais, dinheiro, prazeres, etc.

- Charles Hodge afirma: “a idolatria consiste não apenas na adoração de deuses falsos, mas também na adoração do verdadeiro Deus através de imagens.”

- As imagens enganam os homens, pois, projetam idéias falsas a respeito de Deus.

 

1.  O mandamento

-O segundo mandamento é “Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra.
Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniqüidade dos pais nos filhos, até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam.E faço misericórdia a milhares dos que me amam e aos que guardam os meus mandamentos.”  Êx 20.4-6

 

2.  Exigências

-“O segundo mandamento exige que recebamos, observemos e guardemos puros e íntegros todo o culto e ordenanças religiosas que Deus instituiu em sua palavra” (Dt 12.32; 32.46; Mt 28.20).BCW

- Deus, ao instituir o culto, estabeleceu símbolos e tipos, mas não ícones; jamais ordenou a adoração dos querubins que estavam sobre a arca, nem das tábuas da lei, do altar, da vara de Aarão, do maná escondido ou de quaisquer objetos do templo.

- Temos símbolos cristãos como a cruz, o peixe , videira, entre outros.  Assim como em Israel temos símbolos que fazem parte da religião. Símbolos sim, ídolos nunca.

 

3.  Proibições

-“O segundo mandamento proíbe adorar a Deus por meio de imagens (Dt 4.15-19; At 17.29), ou de qualquer outra maneira não prescrita em sua palavra.” (Dt 12.30-32).

-Esculturas ou pinturas nos lares, jóias ou objetos pessoais que representem a divindade são proibidas. Não se pode representar Deus. (Dt 4.15-19). BCW

 

4.  Razões anexas

-“As razões anexas ao segundo mandamento são a soberania de Deus sobre nós (Sl 95.2,3), a sua propriedade em nós e o zelo que ele tem pelo seu próprio culto”(Êx 34.14). BCW

Eis as razões anexas:

A) Soberania de Deus

- Como absoluto soberano sobre os seus eleitos, Deus exige adoração direta e pessoal, sem intermediários.

B) Senhor do seu povo

- Deus é proprietário do povo eleito e exerce sobre ele toda a autoridade para lhe fazer ordenanças e proibições.

C) Um Deus zeloso

- Deus não tolera idolatria, uma forma de adultério espiritual.

- Adoramos a Deus em espírito e em verdade e devemos abolir do culto qualquer tipo de idolatria.

Conclusão

- O primeiro mandamento trata da adoração exclusiva a Deus. O segundo estabelece a forma como Deus quer ser adorado.

- A adoração ou culto a Deus não deve ser oferecido através de imagens.

 

 

Não terás outros deuses

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx. 20.3

Introdução:

- Três maneira de se imaginar Deus em relação ao mundo:

Panteísmo: afirma que tudo é Deus ou Deus é tudo.

Deísmo: Deus é o criador do universo, mas não exerce pleno domínio sobre ele.

Teísmo: Afirma a existência de um Deus pessoal, criador e sustentador do universo.

O primeiro mandamento será examinado a luz do Teísmo:

 

       1.   O mandamento

- O primeiro mandamento é “não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3) (Breve Catecismo de Westminster, Resposta 45)

 

       2.   As exigências

- “O primeiro mandamento exige de nós o conhecer e reconhecer a Deus como único Deus verdadeiro, e nosso Deus (1Cr 28.9; Dt 26.17), e como tal adorá-lo e glorificá-lo” (Sl 95.6,7; Mt 4.10; Sl 29.2) (BCW 46)

- Três coisas Deus exige dos seus eleitos:

2.1 Conhecimento correto

- O Deus que nós adoramos é um ser trinitário, cremos em um só Deus em três pessoas.

- Há uma frase em latim que diz: Fides omnium Christianorum in Trinitate consistit, traduzindo - “A fé de todos os cristãos firma-se na Trindade.”

- Este é um conhecimento que temos por meio das Escrituras e que nos é um mistério da fé, mas que deve ser crido, pois assim nos foi revelado.

2.2 Reconhecimento -  Pela ação poderosa do Espírito Santo, o salvo reconhece o Deus revelado nas Escrituras como único Senhor, Salvador e Rei.

2.3 Correta adoração - - Deus exige a adoração conforme revelou.  Ele convoca o redimido ao culto, à adoração e ao louvor e determina a postura e comportamento litúrgicos do adorador na sua Augusta e santa presença.

 

       3.   Proibições

- “O primeiro mandamento proíbe negar (sl 14.1), deixar de adorar ou glorificar ao verdadeiro Deus, como Deus (Rm 1.20-21,25), e nosso Deus (Sl 81.11), e dar a qualquer outro a adoração e a glória que só a Ele são devidas.” (BCW  47)

 

       4.   A expressão “diante de mim”

- “As palavras “diante de mim”, no primeiro mandamento, nos ensinam que Deus, que vê todas as coisas, toma conhecimento, e muito se ofende, com o pecado de ter-se em seu lugar outro deus” (1Cr 28.9; Sl 44.20-21).

- Esta expressão significa:

4.1 Que entre Deus e o homem não se deve por qualquer mediador.

4.2 Que Deus requer de sua noiva, a igreja, fidelidade absoluta, não admitindo traição.

4.3 Que Deus não aceita qualquer tipo de politeísmo e nem está submetido a qualquer deus pagão. Ele é o Senhor de Israel, o único Senhor, pelos termos do pacto.

 

Conclusão:

- O coração do homem é uma fábrica de ídolos, portanto, cuide para não construir ídolos para si. Adoremos ao Único Deus verdadeiro e confessemos:

 “Creio em um só Deus, Pai todo-poderoso... Creio em um só Senhor, Jesus Cristo, Filho Unigênito de Deus... Creio no Espírito  Santo, Senhor que dá a vida, e procede do Pai; e com o Pai e o Filho é adorado e glorificado: Ele que falou pelos profetas". (Credo Niceno-constantinopolitano)

 

 

 

A perfeita vontade de Deus

 

(Resumo feito pelo Pr Walter)

 

Texto básico Rm 12.1-2

 

Introdução:

 

- Paulo trata na epístola aos gálatas, de nossa libertação do domínio da lei, isto é, não somos condenados mais por causa de nossas transgressões da lei.  (Gl 2.16ss)

 

- Sendo liberto da lei, tem ela alguma utilidade para o crente?

 

- Conforme a bíblia, e bem sintetizada pela confissão de fé (Westminster), a lei foi dada e serve aos crentes para alguns propósitos específicos.

 

-Assim, não devemos desprezar a lei, pois devemos andar de conformidade com ela em gratidão e transformação de vida, no poder de Cristo.

 

 

 1.       O Valor da lei para o crente

 

- Seu propósito para os crentes:

 

- Manifesta-lhes como regra de vida a vontade de Deus.

 

- Descobrem-lhes as pecaminosas poluições da sua natureza pecaminosa, alcançando pela lei, por meio da ação do Espírito Santo, uma profunda convicção de pecado, maior humilhação e mais aversão ao pecado.

 

- Mostra-lhes a necessidade de Cristo e de como gloriosamente Cristo foi perfeito na sua obediência.

 

- Ela proíbe o pecado.

 

- Mostra o juízo que merece o pecado e as aflições que advêm de sua prática.

 

- Evidência a bênção que deve o crente receber quando pauta sua vida na santa obediência.

 

- Estimula uma gratidão pela obediência de Cristo e de todas as bênçãos espirituais que por Cristo e sua vida nos advêm por Ele a ter cumprido por nós.

 

 

 2.       Compreendendo a lei

 

- A lei é perfeita: Ele exige perfeição total. (Tg 2.10; Mt 5.17-22)

 

- A lei é espiritual (Rm 7.14; Dt 6.5; Mt 22.37-40)

 

- A lei é ampla: onde um dever é prescrito, o pecado contrário é proibido, e, onde um pecado é proibido, o dever contrário é prescrito. Também onde uma promessa está anexa, a ameaça contrária está inclusa, e onde uma ameaça está anexa, a promessa contrária está inclusa. (Is 58.13; Mt 15.4-6; Ef 4.28; Êx 20.12; Pv 30.17; Jr 18.7-11 e Êx 20.7)

 

- A lei é extensiva : sob um pecado ou um dever, todos os da mesma classe são proibidos ou mandados. (Hb 10.24-25; 1Ts 5.22; Gl 5.26; Cl 3.21 e Jd 23)

 

- A lei é responsabilizadora: Aquilo que nos é proibido ou mandado, temos a obrigação de que seja evitado ou cumprido por outros. (Lv 19.17; Gn 18.19; Dt 6.6-7 e Js 24.15)

 

- A lei e a cumplicidade, tanto em ajudar e cuidar, quanto em não participar (2 Co 1.24; 1 Tm 5.22; e Ef 5.7)

 

- A lei e o seu autor: Deus tem todo o direito e todo o poder de nos exigir obediência. (Êx 3.14; 20.2; Is 44.6; Rm 3.29; 1Pe 1.15-18)

 

 

 3.       Superioridade do decálogo

 

- “Então falou Deus todas estas palavras” (Êx 20.1)

 

- Nada se compara a ordenação divina

 

- Este ensino veio de Deus o criador, nenhuma legislação humana pode ser comparada a esta dada a Moisés.

 

 

 

Conclusão:

 

- Sendo salvos pela graça de Jesus Cristo, pela sua vida, obediência e obras, pela sua morte na cruz, já não será a lei o padrão obrigatório de se alcançar a perfeição e salvação.

 

- Libertos da lei, somos escravos de Cristo para obedecermos a lei em gratidão e não por juízo divino.

 

- Jesus obedeceu nos amando e nós o amamos obedecendo-lhe os mandamentos.

 

 

 

 

A Lei do Senhor

(Resumo feito pelo Pr Walter)

Texto básico: Êx 20.1

Introdução

- “Jamais o homem, por mais que se esforce, cumprirá a Lei de Deus em seu todo e, por não cumpri-la está condenado para sempre.” Os Editores Socep

- A lei de Deus visa o bem do homem

- A nossa sociedade hoje influência a igreja, e seu relativismo ético tem nos afetado.

- A verdade para muitos crentes se tornou algo individual e subjetiva. O certo e errado fica ao gosto do “freguês”.

- Nós precisamos proclamar os valores absolutos e universais de Deus.

 

       1.      Os dez mandamentos

-A lei do Senhor compreende o decálogo (Êx 20.1-21), o livro da aliança com suas ordenanças civis e religiosas (Êx 20.22-24.12) e os regulamentos cerimoniais (Êx 24.12-31.18). Assim apresenta-se aquilo que tradicionalmente chama-se de lei moral, civil e cerimonial.

- O decálogo é a lei moral de Deus para todos os povos, em todas as épocas. São os princípios absolutos e universais de Deus, os quais jamais deverão ser modificados.

- A origem ou autoria da lei procede de Deus. (Êx 32.16; 34.1).

- O decálogo é uma expressão da Aliança da Graça. A lei não foi dada antes da saída do povo do Egito, mas posteriormente. Israel pertencia ao Senhor por direito de criação e de redenção.

Deus não exigiu o cumprimento da lei como condição para a libertação do cativeiro egípcio.

 

 

       2.      A rejeição da lei do Senhor

- A rejeição da lei do Senhor é a grande causa do fracasso do homem e principalmente o povo de Deus.

- A natureza humana, por causa do pecado, encontra-se em oposição à pessoa e à lei de Deus. (Rm 3.10-11)

- A humanidade vive segundo as más inclinações da natureza, buscando sempre atender as exigências pervertidas da carne. (Ef 2.1-3)

- Mesmo após conversão, o novo homem em Cristo continua lutando contra o pecado. (Rm 7.22-23)

- As pessoas constituem a sua verdade à parte da lei do Senhor, e busca sua felicidade satisfazendo os desejos carnais e não os mandamentos de Deus.

- Porém, só na lei de Deus se encontra a verdadeira felicidade. ( Pv 16.20; Sl 119.1; 19.8)

- Os homens rejeitam a lei de Deus porque desejam uma liberdade sem limites, isto é, viver em libertinagens. São escravos do pecado, jamais livres. (Jo 8.31,32,34)

- As pessoas rejeitam a lei de Deus acreditando que ela se opõe ao amor.

- Não existe oposição, quem ama, guarda os mandamentos de Deus. (1Jo 5.2,3)

 

Conclusão:

- A lei de Deus é perfeita, relevante e permanente.

- Deixemos o relativismo, e procuremos na lei de Deus os princípios norteadores da nossa vida, para o nosso bem e para a glória de Deus.