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Cristo na Bíblia

Deuteronômio – O Profeta Prometido

Quando Israel chegou à planície de Moabe, fronteira ao rio Jordão, depois de ter vencido a Seom rei dos amorreus e a Ogue rei de Basã, Moisés discursou (cinco discursos) perante a nação de Israel, repetindo a lei divina nos seus pontos essenciais. Num desses discursos que compõem o livro de Deuteronômio, ele profetizou que Deus iria levantar um profeta semelhante a ele, em que as Suas palavras seriam colocadas em sua boca, e quem não ouvisse a esse profeta seriam responsabilizados por Deus (Dt 18.15-22).

O profetismo em Israel começou, de fato, com o profeta Samuel. O profeta, chamado também de vidente, representava Deus diante do Seu povo. Os profetas bíblicos dividiam-se em profetas da palavra e profetas da escrita, sendo esses últimos os autores dos livros proféticos do A. T. (Isaías à Malaquias). No período do Novo Testamento havia uma expectativa no meio de Israel de um profeta que o Senhor iria enviar para ensinar a nação, a ponto de ela confundir João Batista com o profeta prometido em Deuteronômio. “És tu o profeta?” (Jo 1.21). Em Hebreus 1.1-3, nos é dito que Deus falou ao Seu povo, na antiguidade, pelos profetas, mas que nos últimos dias falou através do Seu Filho Jesus Cristo. Diversas pessoas reconheceram em Jesus um profeta. Senhor vejo que és profeta, disse a mulher samaritana (Jo 4.19). (Veja ainda Lc 7.39; 13.33; 24.19; Mt 21.11).  O povão também na época de Jesus o reconhecia como um profeta (Lc 7.16; Jo 6.14;7.40). No segundo discurso de Pedro em Atos (3.22,23) ele fez menção ao cumprimento profético em Jesus do que Moisés profetizara. O próprio Jesus tinha consciência de que era um profeta de Deus (Mc 6.4; Lc 13.33). Que Jesus era o profeta prometido em Deuteronômio não se tem dúvidas, pois ele mesmo disse que fora enviado pelo Pai e falara em Seu nome. (Jo 8.26,28,38,50). Quando da transfiguração de Jesus, Deus ordenou que os seus discípulos o ouvissem (Mc 9.7). Como profeta, Jesus falou sobre temas éticos, espirituais (sermões e parábolas) e escatológicos (segunda vinda, arrebatamento, tribulação, estado intermediário, juízo final e estado eterno.).         Pr. Eudes L. Cavalcanti