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Cristo na Bíblia 

Juízes – O Libertador 

 Depois que Josué conquistou a terra da promessa e a dividiu entre as doze tribos de Israel e depois que faleceu aquela geração de líderes conquistadores o povo de Deus entrou num período de decadência espiritual, moral e civil.  Esse período de altos e baixos na vida de Israel durou aproximadamente quatro séculos. Ainda esse período pode ser sintetizado em quatro palavras: pecado, opressão, arrependimento, libertação. O povo pecava, Deus o punia através de povos fronteiriços de Israel. O povo se arrependia e Deus levantava  libertadores que livravam o povo, que foram os juízes. Uma frase é celebre como lema desse período: “Naqueles dias não havia rei em Israel e cada um fazia o que achava bom aos seus olhos”. Foram quatorze os juízes desse período (Otoniel, Eúde, Sangar, Débora/Baraque, Gideão, Tola, Jair, Jefté, Ibsã, Elom, Abdom, Sansão, Eli e Samuel), sendo doze identificados no livro de Juízes e dois no livro de 1 Samuel (Eli, Samuel). A exceção de Tola, Jair, Ibsã, Elom, Abdom e Eli, todos os outros foram juízes usados por Deus para libertar o seu povo da opressão de estrangeiros e julgar o povo em suas demandas. Esses juízes libertadores simbolizavam a Cristo em dois importantes papeis:  o de libertar o povo da escravidão provocada pelo pecado e de julgar os seus atos no cotidiano de suas vidas. Assim como os juízes libertaram o povo da opressão e da punição por causa do pecado, Jesus, o grande libertador, liberta o seu povo do poder, do domínio e da presença do pecado e julga os atos individuais praticados por ele. No evangelho de João nos é dito que o pecado escraviza o homem (Jo 8.34). É-nos dito também que Jesus é o grande libertador que liberta o seu povo do pecado: “e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8.32. “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres” Jo 8.36. Em Colossenses 1.13 nos é dito que Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do filho do seu amor. No Apocalipse 1.5 encontramos que Jesus com o seu sangue nos libertou de nossos pecados. A poderosa obra realizada por Cristo na cruz liberta o homem da condenação do pecado.    Jesus também, como juiz que é, julga os atos praticados pelos crentes no cotidiano de suas vidas. O apóstolo Paulo tinha consciência disso quando disse: “Mas, quando julgados, somos disciplinados pelo Senhor,..."  (1 Co 11.32). Paulo ainda disse que todos nós iremos comparecer diante do tribunal de Cristo para darmos conta de nossa mordomia (Rm 14.10-12).      Pr. Eudes Lopes Cavalcanti