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 CRISTO NA BÍBLIA   (Pr. Eudes)

TITO -  CRISTO, A GRAÇA SALVADORA

 Paulo escreveu treze cartas, nove a igrejas e quatro a obreiros companheiros seus de ministério (Timóteo e Tito) e um colaborador do evangelho (Filemom). Essas quatro cartas são chamadas de cartas pastorais, especialmente as cartas de Timóteo e Tito. Tito, o jovem colaborador de Paulo, era grego. Apesar de ser colaborador de Paulo não existe nenhuma referência a ele nas viagens missionárias mencionadas no livro de Atos dos Apóstolos. Paulo e ele pregaram o evangelho na ilha de Creta e Paulo o encarregou da continuidade do trabalho naquela ilha, conforme o texto de Tt 1.5. Paulo tinha um apreço muito grande por esse obreiro, pois o seu nome é citado por ele doze vezes (oito em 2º Coríntios, 02 em Gálatas, 01 em 1º Timóteo e 01 em Tito) sempre com boas referências. A carta a Tito teve o propósito de ajudar aquele obreiro na difícil tarefa de organizar a Igreja de Creta, bem como instrui-lo quanto aos seus deveres como pastor daquela Igreja. Na organização da Igreja de Creta a preocupação maior de Paulo era com a constituição de sua liderança eclesiástica, daí ele traçar o perfil do presbítero. Quanto a Cristologia em Tito, Paulo focaliza a questão da construção da Igreja por Cristo, que escolhe cuidadosamente as pedras espirituais que formam essa construção para a habitação de Deus em Espirito. Ainda em 2.13, Paulo enfatiza a bendita esperança que todo o salvo deve ter, que é a manifestação de Cristo em glória por ocasião de sua segunda vinda. “Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus”. Paulo enfatiza ainda Cristo como o nosso Redentor e apresenta a sua segunda vinda como o grande motivador de uma vida de santidade, que tanta agrada a Deus. Em Tito 2.14, Paulo revela que Jesus deu-se a si mesmo para remir a Igreja de suas iniquidades, e para purificar para si um povo exclusivamente seu (a Igreja), zeloso de boas obras.  No que se refere à redenção que há em Cristo Jesus, Paulo explica a sua operacionalização, que começa com o derramar do Espirito através de Cristo sobre o escolhido de Deus, regenerando a sua vida e o transformando numa nova criatura, através da ação desse mesmo Espirito (Tt 3.4-6). “Não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo sua misericórdia, ele nos salvou mediante o lavar regenerador e renovador do Espirito Santo, que ele derramou sobre nós ricamente, por meio de Jesus Cristo, nosso Salvador”. Paulo ainda fala que os cristãos genuínos são justificados por graça e misericórdia, tornando-se assim herdeiros de Deus (Tt 3.7).