Tamanho da letra:

 CONSTITUIÇÃO DE FÉ CONGREGACIONAL DA ALIANÇA

Do Decreto Eterno De Deus

IV

Visto que Deus designou os eleitos para a glória, assim Ele, pelo eterno e mui livre propósito de Sua vontade, preordenou todos os meios para se alcançar esse propósito¹¹. Por conseguinte, aqueles que são eleitos, achando-se caídos em Adão, são redimidos por Cristo¹²; são eficazmente  chamados à fé em Cristo mediante Seu Espírito que opera no devido tempo¹³; são justificados14, adotados15, santificados16 e guardados por Seu poder    mediante a fé para a salvação17. Nenhum outro é redimido por Cristo, ou eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo, senão unicamente os eleitos18.

11. Ef. 1.4; 2.10; 1Ts. 5.9-10; 2Ts. 2.13-14; 1Pe.1.2-5. 12. Rm. 5.12-19; 1Co. 15.22, 45; Tt. 2.14. 13. Rm. 8.28, 30; 1Co 1.9; Ef. 1.13-14. 14. Rm. 5.1-2; 8.30; Gl. 2.16; 3.11. 15. Rm. 8.14-17; Ef. 1.5. 16. 2Ts. 2.13. 17. 1Pe. 1.3-5. 18. Jo. 6. 44, 64-65; 17.9; Rm. 8.28; 2Ts. 3.2; 1Jo. 2.19.

                                                               

 V

Aprouve a Deus, segundo o insondável conselho de Sua própria vontade, pela qual estende ou retrai Sua misericórdia, como lhe apraz, para a glória de Seu soberano poder sobre Suas criaturas¹⁹, não contemplar o restante e ordená-los para a desonra e ira por causa de seus pecados, para o louvor de Sua gloriosa justiça²°. Assim, Deus se mostrou como, de fato, Ele é, a saber: misericordioso e justo. Misericordioso porque Ele livra e salva da perdição aqueles que Ele, em Seu eterno e imutável conselho, somente pela Sua bondade, elegeu em Jesus Cristo, nosso Senhor, sem levar em consideração obra alguma deles²¹. Justo porque Ele deixa os demais na queda e na perdição em que eles mesmos se lançaram²².

19. Mt. 11.25-26; Mc. 4.10-12; Rm. 9.16,18. 20. Rm. 9.17-22; 2Tm. 2.20; 1Pe. 2.8; Jd. 4. 21. Jo. 15.16; 17.9; At.13.48; Rm. 8.29-30; 9.15-18, 21-23; 11.32; Ef. 1.4; 2.8-10; 2Tm. 1.9; 2.19-20; Tt. 3.4-5; 1Pe. 1.2. 22. Jo. 3.18-19; Rm. 9.17-18; 2Tm. 2.20.

                                             VI

A doutrina deste profundo mistério da predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado a fim de que os homens, atentando para a vontade de Deus revelada em Sua Palavra e rendendo-lhe obediência, possam, provenientes da certeza de Sua vocação eficaz, assegurar-se de Sua eterna eleição. E, assim, a todos quantos sinceramente obedecem ao Evangelho, esta doutrina fornecerá motivo de louvor, reverência e admiração a Deus, bem como de humildade, diligência e abundante consolação²³.  23. Dt. 29.29; Lc. 10.20; Rm. 8.33; 9.20; 11.5-6, 23; Ef. 1.4-6; 2Pe. 1.10.