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Da Lei de Deus

 VII

Ela é igualmente de utilidade aos regenerados, para refrear suas depravações, pois proíbe o pecado15; e suas ameaças servem para demonstrar o que seus pecados merecem, e quais as aflições que podem esperar nesta vida por causa deles, ainda que estejam livres da maldição ameaçada na lei16.

15. Tg. 2.11. 16. Ed. 9.13-14; Sl. 89.30-34.

VIII

As promessas dela, de igual modo, lhes mostram que Deus aprova sua obediência, e quais as bênçãos que podem esperar do cumprimento dessa obediência17, ainda que essas bênçãos não lhes sejam devidas pela lei como um pacto de obras18; de modo que fazer um homem o bem, e refrear-se do mal, porque a lei estimula isso e proíbe aquilo, não é evidência de estar ele debaixo da lei, e não debaixo da graça19. 17. Lv. 26. 3-13; Sl. 19. 7-11.

18. Lc. 17.10; Gl. 2.16. 19. Sl. 34.12, 16; Rm. 6.12-14; Hb. 12.28-29; 1Pe. 3.8-12.

IX

Os usos da Lei, acima mencionados, não são contrários à graça do Evangelho, mas suavemente se harmonizam com ela20; o Espírito de Cristo submete a vontade humana e a capacita a fazer livre e alegremente aquilo que a vontade de Deus, revelada na lei, requer que se faça21.  20. Gl. 3.21. 21. Jr. 31.33; Hb. 8.10.