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CONFISSÃO DE FÉ CONGREGACIONAL DA ALIANÇA

Da liberdade cristã e da liberdade de consciência

I

Cremos e confessamos que a liberdade que Cristo, sob o Evangelho, comprou para os crentes, consiste em serem eles libertos da culpa do pecado, da ira condenatória de Deus, do rigor e da maldição da lei¹, Além disso, eles são libertos deste presente mundo mau, da escravidão de Satanás e do domínio do pecado², da nocividade das aflições, do medo e do  aguilhão da morte, da vitória da sepultura e da condenação eterna³. Igualmente, eles têm livre acesso a Deus4 e lhe prestam obediência, não movidos por um medo servil, mas, sim, por amor filial e de espírito voluntário5. Todos estes privilégios eram comuns também aos crentes sob a lei6; porém, sob o Novo Testamento, a liberdade dos cristãos é ainda mais ampliada, pois eles são livres do jugo da lei cerimonial a que estava sujeita os santos da Antiga Aliança7; além disso, os cristãos têm mais ousadia em seu acesso ao trono da graça8 e em comunicações mais plenas e livres do Espírito Santo do que ordinariamente participavam os crentes sob a lei⁹. 1.Gl. 3.13; 1Ts. 1.10; Tt. 2.14. 2.At. 26.28; Rm. 6.14; Gl. 1.4; Cl. 1.13. 3.Sl. 119.71; Rm. 8.1; 8.28; 1Co. 15.54-57; Ef. 2. 18; 3.12. 4. Rm. 5.1-2: Hb. 10. 19-22; 5.Rm. 8.14.15; 1Jo. 4.18. 6.Gl. 3.9, 14. 7.At. 15 10-11; Gl. 4.1-3, 6-7; 5.1. 8. Hb. 4.14,16; 10.19-22. 9. Jo. 7.38-39; 2Co. 3.12-18.       

II

Somente Deus é Senhor da consciência10, e Ele a liberou das doutrinas e mandamentos de homens que contradigam a Sua Palavra ou que não estejam contidos nela11. Sendo assim,  acreditar em tais doutrinas e obedecer a tais mandamentos por uma questão de opinião pessoal, sem comparar com as Escrituras, é trair a verdadeira liberdade de consciência¹². Além disso, a exigência de uma fé irrestrita e de uma obediência cega e total de outrem, mesmo com o uso indevido da Escritura ou de tradições, significa destruir as liberdades de consciência e raciocínio¹³. 10. Rm. 14.4, 10; Tg. 4.12. 11. At. 4.19; 5.29; 1Co. 7.23. 12. Gl. 2.4-5; 4.9-11; 5.1; Cl. 2.20-23. 13. Is. 8.20; At. 17.11; Rm. 14.23.

III

Aqueles que, sob o pretexto de liberdade cristã, praticam qualquer pecado ou toleram qualquer concupiscência, deturpam o propósito principal da graça do Evangelho para a própria destruição deles14. Deste modo, destroem totalmente a finalidade da liberdade cristã, isto é, que, sendo livres das mãos de nossos inimigos, sirvamos ao Senhor, sem medo, em santidade e justiça perante Ele, todos os dias de nossa vida15. 14. Jo. 8.34; Rm. 6.15; Gl. 5.13. 15. Lc. 1.74-75; 1Pe. 2.16.