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Jornalista morto por extremistas do Estado Islâmico deixou mensagem para sua família falando sobre fé e oração 

O jornalista americano James Foley, que foi brutalmente executado por jihadistas do Estado Islâmico, teria deixado uma carta para sua família e amigos durante seu cativeiro na Síria. Na carta, ele fala de sua fé e dos momentos de oração, que os faziam lembrar-se de seus entes queridos.

A carta foi divulgada na página do Facebook “Free James Foley” (Liberte James Foley). Segundo a publicação feita na rede social, sem papel nem caneta, o jornalista teria ditado as palavras a uma colega de cativeiro chamada Diane, que iria ser libertada, que as memorizou e entregou aos pais de Foley.

- Eu sei que vocês estão pensando e orando por mim. E sou muito grato. Eu sinto vocês todos, especialmente quando oro. Eu oro para que vocês sejam fortes e acreditem. Eu realmente sinto que consigo tocar vocês mesmo na escuridão quando oro – diz um trecho da carta.

James Foley trabalhava na cobertura da guerra civil na Síria quando despareceu perto da cidade de Taftanaz, no Norte do país, em novembro de 2012. Na última semana, o Estado Islâmico divulgou um vídeo no qual um dos membros do grupo aparece decapitando o jornalista, em represália pelos ataques aéreos dos Estados Unidos às forças rebeldes no Norte do Iraque. A brutalidade do ato cometido pelos extremistas religiosos chocou o mundo inteiro.

Na carta, além de falar sobre sua fé, o jornalista lembra de momentos junto à sua família e relata que chegou a estar em uma cela com mais 17 prisioneiros, e que uns ajudavam aos outros nos momentos mais difíceis do cativeiro.

O conteúdo da carta lembra as palavras ditas por ele em 2011, após ter ficado preso 44 dias na Líbia. Após ficar preso pelas forças fiéis a Kadhafi, ele escreveu uma carta à família falando que sua preocupação com eles o havia feito orar.

- Nada fazia sentido, mas a fé fez – afirmou Foley, na carta de 2011.

Gospel+