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      Aqui se faz, aqui se paga (Pr. Eudes)

 Aprendi no interior do Rio Grande do Norte onde nasci muitos ditados populares dentre eles o que está servindo de título desta reflexão.

      Esse ditado popular, como alguns outros, tem uma verdade bíblica, senão vejamos: A Bíblia revela que Deus é o justo juiz. O pecado em todas as manifestações é uma afronta à santidade de Deus. No seu programa redentor Deus já tratou a questão do pecado. O seu filho Jesus Cristo na cruz padeceu pelos nossos pecados. “Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo para que não pequeis; e, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o Justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” 1 Jo 2.1,2.   Tratando dos pecados dos não crentes, eles ainda estão sobre eles até o dia em que seja alcançado pelo perdão divino, através de Cristo. Em relação ao ditado em apreço, no que se refere aos não crentes, Paulo disse que os pecados de alguns homens se manifestam antes do juízo e de outros, depois (1 Tm 5.24). Isto quer dizer que pode acontecer que alguém cometa pecado e não pague aqui no mundo,  mas com certeza pagará na eternidade. Outros são punidos aqui e na eternidade, pois o pagamento aqui não tira a culpa na eternidade.     Mas quando se trata dos crentes em Cristo, que já tiveram os seus pecados perdoados, não haverá tratamento dos mesmos na eternidade, pois a Bíblia diz que nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus (Rm 8.1,2), o ditado é correto, a menos que haja confissão e abandono do pecado. Isto quer dizer que Deus trata o pecado do crente aqui neste mundo e não na eternidade. Se houver arrependimento, o perdão lhe será concedido de imediato. Se não houver, o cristão deve esperar a disciplina do Senhor até se arrepender do pecado cometido. “Enquanto eu me calei, envelheceram os meus ossos pelo meu bramido em todo o dia. Porque de dia e de noite a tua mão pesava sobre mim; o meu humor se tornou em sequidão de estio” Sl 32.3,4. É bom lembrar também que, dependendo da gravidade do pecado, as consequências perduram, mesmo havendo arrependimento, e perdão da parte de Deus.