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Uma panorâmica sobre Apocalipse        

     O livro de Apocalipse foi escrito pelo apóstolo João quando ele se encontrava preso por causa do Evangelho na ilha de Patmos, isto em 95 d.C.

     O Apocalipse foi escrito para confortar a Igreja que estava sofrendo perseguição por causa do Evangelho na época de Domiciano, imperador romano, que exigia adoração de seus súditos, algo que a Igreja não aceitava.

     Devido a sua linguagem altamente simbólica o livro não é de fácil interpretação. Existem pelos menos quatro escolas de interpretação desse livro: A idealista que vê o livro como revelador de princípios que envolvem a luta do bem contra o mal; a Preterista que ensina que os acontecimentos do livro são passados, pendente apenas a segunda vinda do Senhor e a consumação final; a Historicista que ensina que os acontecimentos do livro se cumpriram e estão se cumprindo na história da Igreja; e a escola Futurista que prega que apenas os três primeiros capítulos pertencem à história da Igreja e o restante está para acontecer depois dela.

     O Apocalipse, como o próprio nome significa, é uma revelação do Senhor Jesus Cristo destinada às sete igrejas existentes, na época, na Ásia Menor: Éfeso, Esmirna, Pérgamo, Tiatira, Sardes, Filadélfia e Laodicéia, e para a Igreja em todas as épocas.

      Apocalipse começa apresentando o Senhor Jesus como o grande Juiz do Universo (1). Depois O livro mostra sete cartas destinadas para as igrejas citadas (2,3). Nessas cartas encontramos uma apresentação do Senhor Jesus, tirada da visão do capítulo primeiro; uma análise da vida interna da Igreja revelando pontos positivos e negativos; uma advertência do Senhor a igreja; e uma promessa ao vencedor.

    Depois o livro revela Deus no seu trono de glória com um livro selado por sete selos (4) e no capitulo seguinte (5) o Cordeiro de Deus é apresentado como aquele que é digno de abrir o livro e desatar os seus sete selos.  

    À medida que os selos são abertos um acontecimento importante na história ocorre (6).  Depois o livro apresenta o toque de sete trombetas e o derramar de sete taças, todas essas trombetas e taças representam juízo de Deus punindo uma humanidade ímpia e rebelde (7-11).

     O livro também apresenta os quatro formidáveis inimigos da Igreja, a saber: o dragão (Satanás), a besta que sai do mar (o Anticristo), a besta que sai da terra (o Falso Profeta) e a prostituta (Babilônia = o mundo). Esses inimigos combatem contra a Igreja, mas são vencidos pelo Cordeiro, quando de Sua segunda vinda (12-19).

     O livro ainda mostra o julgamento desses inimigos e o seu destino eterno, bem como de todos aqueles que não foram lavados no sangue do Cordeiro (20).

     O livro termina com a apresentação de um cenário paradisíaco, de felicidade eterna,  para aqueles que professam a fé em Cristo, que viverão para sempre com o Senhor. O mundo,  como o vemos hoje, será destruído pelo fogo e a Igreja (a Nova Jerusalém) viverá num novo céu e numa nova terra (21,22).

       A mensagem do Apocalipse em síntese é a seguinte: Vocês (a Igreja) que estão sofrendo, tenham paciência, pois o Senhor virá e punirá os inimigos de vocês e dará a todos um final feliz.   

Pr. Eudes L. Cavalcanti