Tamanho da letra:

 Uma Escolha Acertada (Pr. Eudes)

Em Betânia, na Judéia, vivia uma família composta de três irmãos: Marta, Maria e Lázaro. Era um lar a que o Senhor Jesus se afeiçoara muito. Em diversas ocasiões Jesus o visitou e numa dessas visitas, Marta apressou-se para preparar a casa para receber Jesus. Enquanto isso, Maria assentara-se aos pés do Senhor para ouvir-Lhe a palavra. Marta vendo Maria assentada aos pés de Jesus enquanto ela corria de um lado para outro dentro da casa envolvida com os afazeres domésticos, disse a Jesus: “Senhor, não te importa que minha irmã me deixe servir só? Dize-lhe, pois, que me ajude”.  Esse pedido ensejou ao Senhor, dizer-lhe estas célebres palavras: “Marta, Marta, estás ansiosa e afadigada com muitas coisas, mas uma só é necessária; e Maria escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada”. Lc 10.41,42.

Irmãos, reflitamos sobre a postura das duas irmãs e a resposta dada por Jesus a Marta. Quanto à postura de Marta podemos observar que ela estava ocupada com coisas lícitas, necessárias para o cotidiano da vida. Ela não estava fazendo nada de errado aos olhos de Deus, aliás, estava até bem intencionada, procurando agradar ao Mestre. Quanto à postura de Maria podemos observar que a mesma aproveitou o máximo que pode da presença do Senhor. Aquele momento era uma oportunidade que Deus lhe estava dando. O Senhor estava presente ministrando graça através de suas palavras. Aquele era o momento de Deus para a vida daquele lar e só Maria estava aproveitando.

      O Senhor Jesus na sua resposta a Marta mostrou que devemos valorizar acima de tudo a vida espiritual, que devemos aproveitar melhor o nosso tempo com as coisas do Céu. Aliás, já no sermão do monte Jesus dissera que buscássemos em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas nos seriam acrescentadas. (Mt 6.33). O apóstolo Paulo também mostrou que devemos pensar nas coisas de Deus e buscá-las de coração. (Cl 3.1,2). Paulo disse ainda que devemos atentar mais nas coisas que se não veem do que nas coisas que se veem porque as que se veem são temporais e as que se não veem são eternas (2 Co 4.18).

Assim sendo, sigamos o exemplo de Maria que valorizou as coisas de Deus e foi por isso recompensada.