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Cristo na Bíblia

Levítico  – O Sacrifício Expiatório

Depois da saída do Egito, o povo de Deus aquartelou-se na planície defronte ao monte Sinai e lá ficou por onze meses onde foi construído o Tabernáculo, instituído o sacerdócio levita, entregue a Lei e organizado o exército. A lei entregue por Deus a Israel dividia-se em três partes: a lei moral, a lei civil e a lei cerimonial. A lei cerimonial disciplinava o culto que deveria ser oferecido a Deus (os oficiantes, os tipos de ofertas, as festividades. etc). Dentre as festividades encontrava-se o Dia do Perdão (Yom Kippur), que era o dia em que se oferecia sacrifício pelos pecados da nação.  O livro de Levítico é riquíssimo em tipos e figuras representando a Cristo e a sua obra. O Dia da Expiação tinha como objetivo remover a culpa do pecado do povo através de sacrifício de sangue, purificando-o por mais um ano. Nesse ritual os israelitas choravam e afligiam a sua alma; o sumo sacerdote oferecia um novilho e dois bodes (um bode simbolizava a expiação, e o outro levava sobre si as iniquidades do povo). Esse ritual tipificava a Cristo, que expiou todos os nossos pecados pagando o seu preço e os levando sobre si. O bode para o qual os pecados eram transferidos e abandonado no deserto é o que nós chamamos de bode expiatório, que leva a culpa dos outros.  No Novo Testamento, os dois bodes do Dia do Perdão figuram a Cristo nos textos: “Nessa vontade é que temos sido santificados mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” Hb 10.10. “Jesus, porém, tendo oferecido, para sempre, um único sacrifício pelos pecados, assentou-se à destra de Deus” Hb 10.12. (Veja ainda Hb 10.14). Pedro também falou sobre o assunto: “Carregando ele mesmo em seu corpo, sobre o madeiro, os nossos pecados...” 1 Pe 3.24. A obra sacrificial simbolizada por essa festividade também fora profetizada por Isaías (53.3,4): “Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo caminho, mas o SENHORfez cair sobre ele a iniquidade de nós todos.

 Pr. Eudes L. Cavalcanti