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Reflexões no Evangelho de Marcos

Jesus no Getsêmani (Mc 14.37-42)

Depois de ter uma conversa em particular com os seus discípulos (Jo 13 a 17), celebrar a Páscoa e instituir a Ceia Memorial, Jesus os leva para um horto florestal chamado Getsêmani (prensa de azeite) onde costumava ir com eles, para enfrentar uma batalha espiritual intensa. O texto acima nos diz que Jesus ao adentrar no Getsêmani pede que os seus discípulos fiquem em um determinar lugar enquanto ele adentrava mais um pouco para orar ao Pai. Para esse momento íntimo com o Pai, Jesus levou consigo os seus discípulos mais chegados: Pedro, Tiago e João. A esses três apóstolos Jesus fez uma declaração impressionante: “A minha está profundamente triste até à morte” (Mc 14.34) e pede que eles vigiassem. Adentrando mais um pouco no jardim, pôs-se de joelhos e orou, dizendo: “Abba, Pai, todas as coisas te são possíveis; afasta de mim este cálice; não seja, porém, o que eu quero, mas o que tu queres” (Mc 14.36). Essa oração feita três vezes foi ouvida por Pedro, Tiago e João, visto que foi relatada pelos autores dos Evangelhos (Mateus, Marcos e Lucas). Depois de orar, Jesus encontra Pedro, Tiago e João dormindo e chama a atenção deles, dizendo: “Vigiai e orai, para que não entreis em tentação; o espirito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca” Mc 14.38. Nos intervalos entre os momentos de oração de Jesus, os discípulos citados foram vencidos pelo cansaço enquanto Jesus agonizava em oração, e Ele perguntou a Pedro por que não conseguia velar com ele pelo menos uma hora. No episódio do Getsêmani, concluímos que ali se travou uma grande batalha entre a vontade humana de Jesus e a vontade de Deus. Jesus ali se rendeu incondicionalmente a vontade do Pai e levantou-se pronto da oração para enfrentar o drama do Calvário.  Pr. Eudes Lopes Cavalcanti