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 CRISTO NA BÍBLIA  (Pr. Eudes) 

GÁLATAS – CRISTO, A GRAÇA

MANIFESTA DE DEUS

    Antioquia da Pisídia, Icônio, Listra e Derbe compunham a região da Galácia onde Paulo e Barnabé fundaram igrejas na sua primeira viagem missionária. Depois de certo tempo, os irmãos dessas igrejas estavam sendo seduzidos pelo judaísmo, e tentados a abandonar a graça de Deus e procurar a justificação pelas obras da lei. Os judaizantes tinham entrado forte nessas igrejas e tentado solapar a autoridade apostólica de Paulo, bem como a sua mensagem da justificação pela graça de Cristo. Eles diziam que Paulo não era um genuíno apóstolo de Cristo porque não fazia parte do grupo dos doze, e que a mensagem da salvação pela graça mediante a fé, pregada por Paulo, não era suficiente para salvar o homem, e sim que deveria ser acrescentada a ela a circuncisão e a observância da lei mosaica. Em defesa de sua tese (a salvação pela graça mediante a fé) Paulo argumenta que o cristão recebe o Espirito pela pregação da fé e não pelas obras da Lei, e diz ainda Paulo que pelas obras da Lei nenhuma carne será justificada diante de Deus. Paulo também usa o argumento de que Abraão, o patriarca hebreu, foi justificado pela fé na promessa de Deus e não pelas suas obras. Quanto à Cristologia, Paulo enaltece a obra expiatória de Cristo como ponto central do programa redentor e enfatiza que a justificação do pecador junto a Deus dar-se-á pela absorção, pela fé, dessa obra, que é a manifestação plena da graça de Deus. Paulo ainda argumenta que a lei não consegue mortificar as obras da carne, natural em todo o ser humano. Somente Jesus, através do seu Espirito, é que produz uma obra de transformação do homem e lhe concede a graça de produzir em seu viver o fruto do Espírito (amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança).