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Igreja impacta a vida de 16 mil presos em 12 presídios diferentes com evangelismo 

O Brasil possui a terceira maior população carcerária do mundo, com mais de 800 mil presos, segundo dados revelados em julho desse ano pelo Banco de Monitoramento de Prisões, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Visando amenizar esse quadro e oferecer soluções ao poder público, uma igreja tem impactado a vida de 16 mil encarcerados através de ações evangelísticas.

Se trata do “Ministério Carcerário”, mantido pela sede administrativa da Igreja Adventista para a região de Brasília e entorno (Associação Planalto Central), que ao todo contempla 12 presídios na região.

A iniciativa tem como um dos objetivos ajudar na ressocialização dos presos, um dos maiores problemas do sistema prisional brasileiro. A falta de programas educativos dentro das cadeias é apontada como uma das causas do aumento da criminalidade entre os detentos e o retorno ao crime após a liberdade.

O maior objetivo da igreja, no entanto, é mostrar aos presos que a fé em Deus pode reconstruir suas vidas. “Levamos Jesus para eles. Também preparamos a família para que quando retornem para casa, encontrem um lar diferente, de paz e amor”, explica o diretor do Ministério Carcerário, Jeconias Neto.

Umas das atividades é o “Página Virada”, feita em parceria com o Ministério Público. Segundo o coordenador do programa, Joymir Guimarães, a ideia é estimular a leitura entre os presos, e em troca disso reduzir os dias de prisão.

“O projeto funciona da seguinte maneira: a cada livro lido no período de 30 dias, eles fazem uma redação e precisam tirar no mínimo seis pontos. Assim, o preso tem quatro dias remidos. Por ano, ele consegue remir, pela leitura, 48 dias”, explica Guimarães.

O próprio Jeconias Neto esteve preso e viu o drama das pessoas que anseiam por uma oportunidade de sair da criminalidade, mas não sabem como. Pequenos estímulos, uma palavra de apoio e a fé em Deus são diferenciais capazes de mudar o destino de muitos, segundo o Adventist News.

O diretor do projeto explicou que os membros da igreja acreditam que podem “transformar vidas e libertá-las” através dessa iniciativa. “Assim como libertou a minha vida e a de muitas pessoas que um dia estiveram presas. Livres das grades humanas, mas principalmente livre do pecado, e essa libertação só Cristo pode dar”, conclui.

Gospel+