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Não abandonando o lugar de oração

 

A vida de Saulo de Tarso foi uma vida fascinante. De inimigo ferrenho do Evangelho de Cristo foi transformado em uma nova criatura depois do encontro que teve com Jesus na estrada de Damasco, quando perseguia a Igreja do Senhor. Jesus graciosamente se revelou a Saulo e o transformou num novo homem que a partir daquele momento começou a viver intensamente o Evangelho. Na intensidade da vida de Paulo a oração ocupava um papel preponderante.

Paulo que era judeu devia ter o costume de orar a Deus, isso mesmo antes da sua conversão, com aquela devoção de Daniel que três vezes ao dia punha-se de joelhos para buscar a presença de Deus. “Daniel, pois, quando soube que a escritura estava assinada, entrou em sua casa (ora, havia no seu quarto janelas abertas da banda de Jerusalém), e três vezes no dia se punha de joelhos, e orava, e dava graças, diante do seu Deus, como também antes costumava fazer” Dn 6.10, ou como o salmista Davi que também tinha esse costume. “De tarde, e de manhã, e ao meio-dia, orarei; e clamarei, e ele ouvirá a minha voz” Sl 55.17.

Após a sua conversão, Deus enviou um discípulo Seu, Ananias, que morava em Damasco, para instruir a Saulo acerca do seu futuro. Na casa onde Ananias o encontrou, já encontramos Paulo buscando a presença de Deus através da oração. “disse-lhe o Senhor: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando” At 9.11.

Acompanhando o ministério de Paulo o vemos, em diversas ocasiões, buscando a presença de Deus através da oração como, por exemplo, quando chegou a Filipos e procurou um lugar onde pudesse orar. “No dia de sábado, saímos fora das portas, para a beira do rio, onde julgávamos haver um lugar para oração...” At 16.13. Podemos extrair desse texto que Paulo, ao longo do seu ministério, sempre procurava um lugar onde pudesse buscar a Deus, sozinho ou em companhia de alguém. Até nos lugares mais inusitado possível, como numa prisão, Paulo orava a Deus. “Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam” At 16.25. Não foi à toa que Paulo teve um ministério frutífero, abençoado. Sem medo de errar podemos dizer que um dos pilares do ministério frutífero de Paulo foi a sua vida de intensa oração.

Queridos irmãos! Pela graça de Deus a nossa Igreja tem em sua programação dias designados para um momento específico de oração. Temos culto matutino todos os dias onde algumas irmãs estão orando a Deus. Temos ainda a Hora Nona nas quartas-feiras onde as irmãs se reúnem para buscar a presença de Deus. Temos ainda o nosso abençoado e abençoador culto de oração nas terças-feiras onde um bom grupo de irmãos está orando a Deus. Temos ainda em alguns feriados manhã de jejum e oração onde também estamos clamando ao Senhor.

Queremos com este artigo encorajar a todos os que fazem parte do ministério da nossa Igreja a prestigiarem o lugar de oração, não somente nas instalações da Igreja, mas também em casa junto com a família e individualmente, pois assim nos orienta a Palavra de Deus, quando nos diz que devemos orar sem cessar (1 Ts 5.17; Ef 6.18; Lc 18.1; Rm 12.12; Cl 4.2, etc).

Não dá para entender a vida de muitos irmãos que nem sequer frequentam regularmente um dos cultos de oração da Igreja. Despertemo-nos queridos, pois sem oração não se consegue viver uma vida cristã vitoriosa. Sem oração os dons que Deus nos deu não se expressam como Ele deseja, com graça e poder. Não se esqueça de orar individualmente, com a sua família e principalmente com os seus irmãos em Cristo.