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UMA DECLARAÇÃO DE AMOR

Todos nós um dia já fizemos uma declaração de amor a alguém. Aqueles que por causa da idade ainda não fizeram isso, com certeza, um dia o farão, assim que começar a ter afeição por alguém do sexo oposto. Essa manifestação de sentimento é própria dos seres humanos, que foram feitos a imagem e semelhança de Deus.

Queremos refletir neste opúsculo sobre uma declaração de amor, diferente do plano meramente humano, apesar de envolver um ser humano, que é a declaração de amor feita por Davi, o homem segundo o coração de Deus. No salmo 116, Davi movido pelo Espírito Santo, e com o coração cheio de um profundo sentimento de gratidão, declara-se apaixonado por Deus, pelo Deus verdadeiro, o Deus de Israel que o redimiu da perdição eterna e o trouxe a comunhão Consigo. “Amo ao SENHOR, porque ele ouviu a minha voz e a minha súplica. Porque inclinou a mim os seus ouvidos; portanto, o invocarei enquanto viver” Sl 116.1,2.

Amados, segundo a Bíblia Sagrada, o Deus verdadeiro a quem pertencemos é um ser pessoal, tendo inteligência, vontade e sentimentos, atributos esses de uma personalidade. Assim sendo, descobrimos pelas Escrituras que Deus, mesmo sendo em essência um Espírito, é capaz de amar. Em João 3.16, o texto que alguém disse ser o evangelho em miniatura, encontramos: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Ainda em Romanos 5.8 encontramos que esse amor, dispensado por Deus a Igreja de Cristo, não é um amor circunstancial e sim perene, evidenciado na entrega do Seu próprio Filho para morrer por ela: “Mas Deus prova o seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores”. Na primeira epistola de São João nos é dito que Deus nos amou primeiro do que nós a Ele. “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.” 1 Jo 4.19. Diz ainda a Bíblia que Deus é capaz de corresponder ao amor devotado a Ele pelos seus: “Eu amo aos que me amam, e os que cedo me buscarem, me acharão” Pv 8.17.

Sabendo que Deus é um ser pessoal, e que possui também sentimentos devemos, como pessoas que foram redimidas por Cristo, direcionar para Ele o mais precioso de nossos sentimentos que é o amor. É o Espírito Santo que habita em nós, que nos capacita para amarmos a Deus como Ele deve ser amado. Na carta aos Romanos, Paulo quando falou sobre algumas virtudes da fé cristão, disse: “E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado” Rm 5.5. Ajudados pelo Espírito podemos fazer uma declaração de amor como foi feita por Davi no salmo citado, bem como no Salmo 18.1, que diz: “Eu te amarei, ó SENHOR, fortaleza minha”.

Aliás, é bom lembrar que amar a Deus, que deve ser uma atitude constante na vida de um cristão, e não só uma declaração esporádica de amor, é um mandamento, aliás, o maior deles. O Senhor Jesus quando sintetizou o Decálogo, respondendo a uma indagação de um fariseu sobre qual seria o maior dos mandamentos, disse: “... Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento” Mt 22.37,38.  Nessa resposta de Cristo, Ele cita Deuteronômio 6.5, que diz que o povo de Deus deve amá-Lo acima de todas as coisas: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” Dt 6.5.

Amados, procuremos amar de coração ao Senhor nosso Deus, pois isto acontecendo essa relação Deus/crente em Cristo tornar-se-á mais fortalecida e prazerosa para as partes envolvidas. Amo ao Senhor.

Rev. Eudes Lopes Cavalcanti

Pastor Titular da III IEC/JPA