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OLHOS ABERTOS

A existência de um mundo espiritual composto, tanto das coisas do reino da luz como das do reino das trevas, é uma realidade preconizada pelas Sagradas Escrituras.

O mundo espiritual de Deus, as coisas do céu, tudo de gloriosos que existe nessa esfera de vida é um constante desafio para a alma redimida. A Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, contém um forte apelo para que o servo de Deus se interesse pelas coisas espirituais, coisas essas que não se enxergam com a visão física e sim com a visão espiritual. Somente quando iluminados pelo Espirito Santo é que os olhos da alma passam a enxergar as coisas de Deus.

Esse mundo espiritual é descortinado para o crente quando da sua conversão a Cristo, e adquire cada vez mais nitidez quando se vive aos pés do Senhor em oração. “Porque Deus, que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo” 2 Co 4.6. Esse mundo espiritual é tão real para a alma que está ligada a Cristo como o é o mundo material para a vida física. Em 2 Co 4.18, o apóstolo Paulo diz: Não atentando nós nas coisas que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se não veem são eternas”. Ainda em Cl 3.1,2, encontramos: “Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra; Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”.

Em 2 Rs 6.15-17 lemos a história de um moço que ajudava o profeta Eliseu em suas lides ministeriais. Certa feita, quando ele saiu da casa onde estavam hospedados, observou que a cidade estava cercada por um exército que tinha vindo com a missão de levar Eliseu prisioneiro. De imediato ele trouxe a notícia ao servo de Deus, que observando a sua falta de visão espiritual, rogou ao Senhor Deus que abrisse os olhos espirituais do moço para que visse. Deus atendeu a oração do profeta, e o jovem pode ver outro exército, sendo este composto de seres celestiais que estava dando proteção ao homem de Deus. Outro exemplo notório nessa área foi o de Moisés. Moisés era um homem que tinha uma visão espiritual aguçada. Em Hb 11.23-28 lemos que ele desprezou riquezas, status, um futuro promissor no Egito, preferindo seguir o difícil caminho que Deus lhe propusera, porque estava, segundo o texto sagrado, vendo o invisível.

Amados, façamos uma reflexão! Cada um pergunte a si mesmo: Como está a minha visão espiritual? Estou exergando com nitidez as coisas de Deus? Vivo pensando nelas? Vivo em função delas?

Quando o cego Bartimeu foi levado a presença de Jesus e ouviu dele a grande pergunta: “Que queres que te faça?”, a resposta dele foi: “Senhor, que eu veja”. Será meus amados irmãos que não precisamos dizer a Jesus o que Bartimeu disse, no que se refere a visão espiritual?

Na Igreja de Laodicéia, citada no Apocalipse, existia muitos crentes que estavam com a visão espiritual embaçada. Não enxergavam as coisas de Deus com nitidez. O remédio passado por Jesus foi: “Aconselho-te... que unjas os teus olhos com colírio, para que vejas”.

Permita Deus, que o Santo Espírito unja os nossos olhos espirituais para que possamos enxergar com precisão as coisas de Deus. Amém.

Rev. Eudes Lopes Cavalcanti

Pastor Titular da III IEC/JPA