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A Religião de Circunstâncias

 

A forma de culto que o rei Saul prestava à Deus não foi agradável, tendo sido este o principal motivo da sua rejeição, isso nos mostra que nem todos os sistemas de culto agradam a Deus. O profeta Samuel advertiu à Saul que forçado pelas circunstâncias ofereceu holocausto (1 Sm 13.12,13). O texto mostra-nos uma atitude de quem pratica religião por circunstância, desprovida

de uma fé genuína. 
A historia mundial é repleta de modelos dessa forma de religião. No século XIII a Igreja Romana impôs um tribunal com plenos poderes para perseguir e condenar as pessoas que se mostrassem contrárias às suas doutrinas consideradas oficiais. 
A inquisição adotou os mais violentos métodos, que iam desde tortura a morte na fogueira. Muitos, temendo tal violência e para escapar da morte, faziam falsas confissões e aceitavam a religião imposta. Os "convertidos" passavam a ser chamados de "cristãos novos" era uma religião de circunstância. Toda sociedade conhece a história da escravidão que milhões foram

considerados como sub-humanos e viveram sujeitos a tratamentos desprezíveis, contudo, muito contribuíram para a economia e cultura dos países. Por mais estranho que pareça os seus senhores achavam por bem impor a sua religião aos escravos. Os escravos segregados até podiam assistir a missa, isso após conduzirem os seus senhores em liteiras carregadas aos ombros. Era uma religião de circunstância. 
Houve um período em que eu me apegava a "religião de meus pais" não por que tivesse qualquer convicção religiosa, mas, por que julgava meu dever guardar uma tradição. Seguia assim a religião por circunstância. 
Aqui no Brasil houve uma época que os funcionários públicos eram convocados para assistir as cerimônias religiosas da religião "oficial" em determinadas ocasiões. Sua presença era exigida sob pena de sofrerem severas represálias. Quantos sacrificaram a sua consciência para não perderem um lugarzinho no emprego público! Tais cerimônias eram uma religião de circunstância. 
A religião que praticamos apenas para agradar aos pais, a esposa, ao marido, aos avós... não passa de uma religião de circunstância. A religião que seguimos apenas para satisfazer caprichos de quem quer que seja é uma religião de circunstância. Ela pode até agradar aos homens, mas, nunca à Deus. 
A genuína religião tem de ser pessoal, de coração e espontânea. É a religião que tem Jesus como tema principal porque só Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida.

No amor de Cristo. 

Pr. Cícero Manuel