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Um sentimento que agrada a Deus

 

Na carta de Paulo aos Filipenses, capítulo 2.3-8, o apóstolo nos fala sobre um sentimento que deve permear a vida de um crente em Cristo. Na leitura do capítulo no texto identificado entendemos que ele estava falando sobre a humildade, quando nos diz que Cristo, o paradigma de uma vida que agrada a Deus, humilhou-se a si mesmo sendo obediente até a morte e morte de cruz.

A pessoa humilde é aquela que consegue despojar-se de todo sentimento de poder. É renunciar àquilo que está tomando o lugar de Deus no nosso coração. É, portanto, uma atitude que nos leva a uma comunhão maior com Deus.

O poder sobre o qual nos referimos, não é aquele quando ocupamos um alto cargo, mas é quando achamos que fazemos alguma coisa para o Senhor porque temos condição em nós mesmos: dinheiro, inteligência, capacidade ou porque sabemos fazer: “sou bom nisso”, podemos dizer. E pensando assim, nos achamos poderosos e capazes de fazer a obra do Senhor sozinhos. Contudo, o nosso Senhor disse: “sem mim, nada podeis fazer” Jo 15.5.

Devemos entender que o dinheiro, a capacidade, os dons e talentos, tudo é dado por Deus, e por isso, toda a glória do trabalho realizado pertence a Deus e não a nós: “tudo que o homem tem é dado do céu, vem do Pai das luzes” (Tg 1.17). A Ele, portanto, toda a glória!

A humildade não é sinônimo de pobreza, porque sabemos que existem pessoas pobres que são orgulhosas, soberbas e egoístas. Mas tantos ricos como pobres materialmente falando, todos necessitamos da graça de Deus para nos despojarmos desses sentimentos que nos afastam de Deus e da sua comunhão.Tenhamos como exemplo a vida de Paulo, Barnabé e outros servos de Deus que tiveram atitudes de humildade reconhecendo o outro superior a si, alegrando-se com o êxito do trabalho do outro (veja Atos 11.23), e não querendo glória para si.

Humildade é renúncia do nosso eu, dos nossos interesses e sonhos em prol dos interesses de Deus e dos planos que Ele tem reservado para a nossa vida. Contudo, essa renúncia nos traz conforto ao coração, consolo e profunda alegria porque assim como Jesus renunciou a sua glória e humilhou-se na forma humana e isso lhe trouxe alegria porque sabia que tudo redundaria na salvação daqueles que nele cressem; nós também devemos sentir felicidade em renunciar porque a nossa missão também é levar vida através de Jesus àqueles que estão mortos espiritualmente.

Veja como você tem renunciado por amor a Cristo e isso que você faz é tão bom, que você não sente que é sacrifício, ou seja, estamos querendo dizer que renúncia para o crente é na verdade gozo. Mas, se você não está sentido este gozo, alegria, satisfação em fazer essas pequenas renúncias que citamos, então algo está errado em sua vida. É preciso rever seus valores como crente em Jesus Cristo.

Humildade é, enfim, sentir-se privilegiado em negar-se a si mesmo (Lc 9.23), carregar a sua cruz, seguir a Jesus, e correr a carreira que lhe é proposta, olhando para Jesus – autor e consumador da nossa fé. Amém!

“... revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes” 1 Pe 5.5.

Profª Virgínia Macedo (Cong. Bessamar)