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No primeiro livro de 1 Reis, capítulos 17 e 18 encontramos um episódio que nos fala de uma grande seca que se abateu sobre o território de Israel por causa dos pecados do rei Acabe. Na época ministrava o profeta Elias, que segundo a palavra de Deus, ordenara que durante três anos e seis meses não chovesse sobre a terra de Israel. “Então Elias,... disse a Acabe: Vive o SENHOR Deus de Israel, perante cuja face estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá, senão segundo a minha palavra” 1 Rs 17.1. Cumprido o tempo do juízo de Deus sobre o povo de Israel (Tg 5.17), Deus levou o profeta Elias a orar para que os céus dessem novamente chuva. O texto nos diz que Elias levantou a sua voz em oração a Deus sete vezes. O profeta mandou que o jovem que o servia olhasse para a banda do mar. Durante seis vezes ele disse que não via nada. Na sétima vez o profeta mandou que o jovem olhasse novamente e perguntou-lhe o que via. Depois de observar atentamente ele disse que via uma nuvem pequenina com o tamanho de uma mão humana que subia de sobre o mar. Então o profeta disse que ele corresse e fosse avisar ao rei Acabe que estava a caminho uma abundante chuva.

 

Observando o texto com cuidado vemos que aquele jovem via apenas uma pequenina nuvem

do tamanho de uma mão mas o profeta via um aguaceiro, uma grande chuva que estava por vir.

 

Por que uma pessoa via apenas algo insignificante e a outra algo grande, poderoso, capaz de solucionar o problema que estava sendo vivenciado? A resposta amados é simples: Era apenas uma questão de fé. Em 1 Rs 18.1, encontramos Deus falando a Elias e dando-lhe uma promessa de que faria chover sobre a terra. “E sucedeu que, depois de muitos dias, a palavra do SENHOR veio a Elias, no terceiro ano, dizendo: Vai, apresenta-te a Acabe; porque darei chuva sobre a terra”. Elias acreditava nisso.

 

Irmãos a fé leva ao crente a enxergar mais além do que aqueles que não vivem pela fé. A fé em Cristo tem o poder de descortinar para nós os mistérios de Deus, o invisível. Pensemos um pouco em Moisés, o grande legislador de Israel. Aquele homem tomou decisões radicais em sua vida que aos olhos do homem moderno foram inconsequentes e tolas. A Bíblia diz que ele conscientemente recusou a filiação adotiva da filha do maior potentado do mundo de então, a filha de faraó. Aquela filiação dava-lhe o direito de ter tudo de bom que um mortal pudesse aspirar – boa moradia, bom salário, boa posição social (príncipe), riquezas em abundância, futuro garantido para ele e para sua família. Na carta aos Hebreus nos é revelado o porquê daquela decisão: “Pela fé Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, escolhendo antes ser maltratado com o povo de Deus, do que por um pouco de tempo ter o gozo do pecado; Tendo por maiores riquezas o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito... Pela fé deixou o Egito... vendo o invisível. Hb 11.24-27.

 

Se quisermos ver o invisível, as coisas do Céu vivamos irmãos, intensamente, a nossa fé em Cristo. 

Pr. Eudes Lopes Cavalcanti