Tamanho da letra:

 

Cristianismo em Ação (Fraternidade)

               

       Muita gente não sabe, mas, há uma razão porque existe a igreja local. O Senhor Jesus poderia salvar qualquer pessoa e imediatamente transferi-la para o paraíso como fez com o ladrão na cruz (Lc 23.42,43). Entretanto, após sua ressurreição, Ele deu ordens claras para que seus discípulos ficassem juntos aguardando a vinda do Espírito Santo (At 1.3-5; 2.1-4).

    Antes do Pentecostes havia cerca de 120 crentes. Após o Pentecostes, esse número aumentou para mais de 3000 crentes. Mesmo assim, continuaram unidos (At 2.41-47). Por todo o Novo Testamento os crentes viveram reunidos (Mt 18.20). Nem sempre “unidos” é verdade (1Co 11.18). Todavia, o alvo era reunir para se unir e vice-versa (1Co 1.10).  O fato é que Jesus sempre ensinou e tencionou uma vida coletiva para seus seguidores (Jo 17.21).

      Na oração dominical aprendemos que Jesus nunca quis uma vida cristã individual, por isso ensinou o “Pai nosso” ao invés do “meu Pai” (Mt 6.9). A razão é simples: a vida cristã é muito difícil para vivê-la sozinha. Precisamos da ajuda do Céu e da terra. Ou seja, precisamos de Cristo e dos cristãos  (1 Co 12.21). Precisamos orar uns pelos outros e crescermos juntos em santidade (Tg 5.16). Viver uma vida de oração e santificação sozinho é bem mais complicado, praticamente impossível.

     Precisamos exercitar a fé, o perdão e o amor mútuo (1 Ts 3.2; 2 Ts 1.3 Hb 10.24). Tudo isso só é possível mediante uma vida comunitária. Viver em comunidade não é fácil bem sabemos. Mas, esse é o propósito de Deus. É um treinamento para se viver no céu. Quem não sabe viver em comunidade como pode pretender morar no Céu? (Rm 14.17; Hb 12.14). Há uma estória que no céu haverá uma sala para os pentecostais, outra para os tradicionais e assim por diante pelo simples fato de não pretenderem se misturar. Todavia, no Céu de Cristo haverá apenas um só rebanho e um só Pastor (Jo 10.16; Ap 7.9).

    Por essa e outras razões, precisamos valorizar mais, aqueles a quem Deus coloca ao nosso lado para servi-lo e adora-lo (Sl 133). E não somente estes, mas, todos aqueles que servem e adoram ao mesmo Deus e Pai de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, apesar de  fazê-lo em outras denominações genuinamente evangélicas (Mc 9.38-40).

    Cristianismo é fraternidade e não gueto (Mt 18.20). E quão bom é, quando os cristãos vivem unidos e reunidos no serviço e na adoração ao Senhor. “OH! Quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união” (Sl 133.1).

Bel. Teol. Samuel Santos

Dirigente Cong. José Américo