Visando a santidade da Igreja, o Senhor Jesus delegou a ela, enquanto comunidade local, a autoridade para julgar os seus membros faltosos. Toda a disciplina aplicada a um faltoso numa Igreja local visa não só punir o pecado, mas, principalmente, promover a restauração espiritual do crente. Segundo as Escrituras, a disciplina visa mostrar ao faltoso quão grave é o pecado aos olhos de Deus, e quão santo é o Deus que vive no meio da Igreja, e isso deve levá-lo ao arrependimento e a sua restauração.
De acordo com o propósito Soberano de Deus o crente genuíno, que já tem o Espírito Santo habitando permanentemente dentro de si16, pode e deve experimentar a bênção da plenitude do Espírito Santo, a fim de habilitá-lo a melhor servir ao Senhor, sendo que, essa experiência, deve ser buscada por todos aqueles que professam a fé em Cristo17.
16. Rm. 8.9,11; 1Co. 6.19; Tg. 4.5
17. At. 4.31; 9.17; 1Co.14.1-3;39,40;
Ef. 5.18
O renomado pastor e escritor Tim Keller tocou em um dos pontos delicados da vivência cristã, que é a responsabilidade do julgamento. Ele destacou o assunto quando tratado pelos líderes, especificamente os pregadores, dizendo que muitos se preocupam mais em “condenar pessoas” ao invés de amá-las.
Keller falou durante o programa TBN, de Mike Huckabee, comentando sobre o lançamento do seu novo livro, onde citou a história de Jonas para ilustrar como algumas pessoas pregam a Palavra, mas sem amor pelos ouvintes.
“Jonas foi para a cidade e pregou, mas não amava a cidade”, disse o pastor, ressaltando a reação de Deus em seguida, ao expor a contradição de Jonas: “Isso não foi bom o suficiente para Deus, porque no final, ele diz a Jonas: como você pode não amar uma cidade com 120 mil pessoas que não me conhecem?”, disse ele.
Conforme o ensino do Novo Testamento, o Senhor Jesus deixou para serem observadas pela Igreja duas ordenanças, a saber:
a) Batismo Cerimonial - A palavra grega batismo significa, na língua original do Novo Testamento, imersão, mas significa também purificação. Conforme ordenança de nosso Senhor Jesus Cristo, os novos crentes devem ser batizados para testemunho publico da fé em Cristo e para inserção na membrezia da Igreja na sua expressão local. Esse batismo é realizado com água em nome da Santíssima Trindade. “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” Mt 28.19 (Veja ainda Mc 16.15,16; At 2.38,41; 8.12, 38; 9.18; 16.15;...). Sobre a maneira de realizar o batismo os cristãos se dividem nos ritos da aspersão e da imersão. Os aspersionistas ensinam que o batismo simboliza a purificação dos pecados e ainda o derramar do Espírito Santo na vida da pessoa no ato de sua conversão a Cristo. Eles justificam a aspersão no significado da palavra batismo e também baseados no ritual de purificação feito na Velha Dispensação que era através da aspersão do sangue, da água, de cinzas. Já os imersionistas advogam esse rito baseado na ideia de que o batismo significa morte e ressurreição. Quando a pessoa é imersa na água ela está morrendo para o mundo e quando emerge está ressuscitando para uma nova vida.
IV
A esse Espírito Santo, Deus o Pai está sempre pronto a conceder a todos quantos são ordenados para a vida, a fim de dispô-los e habilitá-los a crer7. Ele é o único e legítimo aplicador da obra redentora da cruz8. O Santo Espírito é o doador e Senhor da vida, a fonte de todo o bem⁹. Ele abre os nossos olhos, dá-nos um novo coração e conduz-nos irresistivelmente para Cristo pela fé somente, levando-nos a glorificar o Redentor10. Todos os crentes genuínos são batizados nEle em um só corpo, e todos igualmente unidos por meio dEle a Cristo tornam-se Sua habitação, são por Ele santificados e recebem-no como o Espírito de adoção mediante o qual são habilitados a clamar “Aba-Pai”11. Deus o Espírito Santo é o Senhor e o distribuidor de todos os dons e ofícios por meio dos quais os crentes são santificados e edificados. Com Ele, todos os verdadeiros santos, são selados para o dia da redenção¹².