Em certa ocasião, o Senhor Jesus estava ministrando aos seus discípulos sobre a maneira de tratar as falhas ou pecados dos irmãos entre si. O apóstolo Pedro perguntou-lhe quantas vezes deveria perdoar a um irmão que pecasse contra ele. O próprio apóstolo arriscou uma resposta a qual colocamos como título desta reflexão (Mt 18.15-22). O Senhor Jesus respondendo a pergunta de Pedro disse que não seria até sete vezes, mas até setenta vezes sete. Olhando para a resposta do Senhor, é bom que compreendamos que Ele não estabeleceu uma quantidade fixa de vezes que o perdão deveria ser liberado, mas Ele estava ensinando que não há limite para perdoar, quando a pessoa que errou se humilha e pede perdão. (o número sete nas Escrituras nos fala de algo ilimitado, completo, divino).
LC 22.32
A expressão acima foi proferida pelo Senhor Jesus Cristo revelando ao apóstolo Pedro que intercedera por ele, quando Satanás pediu autorização a Deus para cirandar com ele. A batalha travada no plano espiritual era desconhecida de Pedro. O diabo estava direcionando suas forças para destruir a vida do apóstolo de Jesus Cristo, confirmando assim, mais uma vez, a sua funesta e destruidora ação que vem executando desde tempos imemoriais. “O ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir;...”. Jo 10.10. “Vós tendes por pai ao diabo, e quereis satisfazer os desejos de vosso pai. Ele foi homicida desde o princípio, e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele. Quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso, e pai da mentira” Jo 8.44. Acontece, amados, que o diabo não contava com a poderosa intercessão feita por nosso Senhor Jesus Cristo. Eu, disse Jesus, roguei por ti para que a tua fé não desfaleça. A facilidade que o diabo encontrou no caso de Jó não encontrou na vida de Pedro, graças à imediata intervenção do Senhor.
Entre os atributos naturais de Deus encontra-se a onisciência. Entende-se onisciência como aquela capacidade plena de Deus de conhecer todas as coisas (o passado, o presente e o futuro), inclusive aquilo que passa na mente e no coração do ser humano. “O inferno e a perdição estão perante o SENHOR; quanto mais os corações dos filhos dos homens?” Pv 15.11. “E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” Hb 4.13.
O profeta Ezequiel foi um dos servos do Senhor que teve visões de Deus. No início de sua profecia ele relata a sua experiencia: “E aconteceu... que estando eu no meio dos cativos, junto ao rio Quebar, se abriram os céus, e eu tive visões de Deus” Ez 1.1.
Esse profeta teve a sua vida espiritual aprofundada, graças a submissão aos impulsos do Espírito de Deus. No capítulo 40 do livro que escreveu e nos outros que se seguem, o profeta é levado pelo Espirito, numa visão, a conhecer o templo que para uns será construído para uso no Milênio, e para outros uma visão espiritual da Igreja de Cristo, que é o templo do Deus vivo na Nova Aliança.
A existência de um mundo espiritual composto, tanto das coisas do reino da luz como das do reino das trevas, é uma realidade preconizada pelas Sagradas Escrituras.
O mundo espiritual de Deus, as coisas do céu, tudo de gloriosos que existe nessa esfera de vida é um constante desafio para a alma redimida. A Bíblia, de Gênesis ao Apocalipse, contém um forte apelo para que o servo de Deus se interesse pelas coisas espirituais, coisas essas que não se enxergam com a visão física e sim com a visão espiritual. Somente quando iluminados pelo Espirito Santo é que os olhos da alma passam a enxergar as coisas de Deus.